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A violência nossa de cada dia

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Três fatos recentes se somam a centenas de outros milhares na constatação de que o Estado brasileiro perdeu a guerra contra a criminalidade.


O assalto ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre, Marcus Vinicius Jardim Rodrigues, é um deles. O outro foi o tiroteio, no Rio de Janeiro, contra uma viatura policial na qual estavam o capitão Alen Marcus da Silva Ferreira, do 6º Batalhão de Cruzeiro do Sul, além de outros dois militares – um de Roraima e o terceiro do Piauí. Neste mesmo rol de atrocidades desenfreadas constam ainda as ameaças de morte feitas semanalmente ao secretário de Segurança Pública do Estado do Acre, Emylson Farias.

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Há razões diversas para a violência, condensadas, por ora, na perplexidade do poder público ante a própria impotência em lidar com o fenômeno da multiplicação da primeira.


Ao longo dos anos, os representantes da esquerda política brasileira trataram de atribuir às desigualdades sociais a razão primordial do crescimento da violência. O desfraldar dessa bandeira não passava, porém, de uma estratégia de luta contra a oligarquia política do país, consistindo, em verdade, num sofisma capcioso. A tese, de propósito, sempre desconsiderou que países bem mais pobres e desiguais que o Brasil estão longe de apresentar índices de criminalidade tão altos quanto os nossos.


Resta comprovado que as muitas frentes ideológicas desse movimento político que chegou ao poder com o Partido dos Trabalhadores trataram de se imiscuir-se em debates que, longe de explicar as causas da violência, trataram de alastrá-las.


Foi do então governador do Rio Leonel Brizola, na década de 80, por exemplo, a ordem para que a PM não subisse os morros, sob a justificativa de que lá viviam, além de uns poucos bandidos, milhares de pessoas de bem. A salvo da polícia, os traficantes tiveram tempo para se organizar a ponto de tomar conta dos espaços públicos, onde atualmente as autoridades da segurança só conseguem entrar com veículos blindados, vasto arsenal de guerra e meticulosa preparação.


Enquanto isso, a esquerda organizava-se em ONGs, sindicatos, associações de bairros e até mesmo nas igrejas. Essa escalada tinha como objetivo chegar ao poder em todas as esferas, incluindo, claro, o parlamento federal, onde continuam a resistir às mudanças necessárias de um código penal omisso e leniente com as barbáries atuais.


Macular a imagem das polícias e transformar em vítimas os criminosos foi uma pregação convincente – mas só enquanto a sociedade não se deu conta de que caminhava para se tornar refém do crime.


Some-se a isso a omissão dos sucessivos governos em conter os enormes carregamentos de armas e drogas que entram por nossas fronteiras desguarnecidas, e teremos o retrato do caos em que se transformou a segurança pública.


Cansado, o cidadão cumpridor das leis se vê agora à mercê dos monstros gerados pela propagação das ideologias esquerdistas, feitas sob o nariz complacente dos opositores.


Debelar a criminalidade nunca foi tarefa fácil para nenhum país, é verdade. Ainda assim, os exemplos existem e deveriam ser seguidos. Sobretudo neste momento em que estamos na iminência de nos ver livres daqueles que, nos últimos 14 anos, deram guarida a ditadores, “cocaleiros” e a toda sorte de criminosos travestidos de revolucionários.


 

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