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Donas de casas não conseguem comprar muita coisa com R$ 900 nos supermercados do Acre

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Donas de casas não conseguem comprar muita coisa com R$ 900 nos supermercados do Acre

Com menos dinheiro na mão, aumentou o número de acreanos que montam verdadeiras operações de caça às promoções nos supermercados. É aquela história: em tempos de crise é sempre bom economizar.


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Maria de Lima reclama dos preços exorbitantes nos supermercados

“Todo mundo está, hoje em dia, em busca de uma promoção. A grande maioria está com dificuldades financeiras, como sabemos. As pessoas estão procurando economizar em tudo que podem. No entanto não é possível economizar na alimentação. Por isso, é importante fazer bastantes pesquisas”, explicou a dona de casa Maria de Lima.


“Pode parecer pouca coisa, mas a gente consegue ver uma diferença grande nas lojas. Tem produtos que a gente ver uma diferença de R$ 2,00. Eu moro no Tancredo Neves e venho comprar produtos em lojas distantes da minha casa”, acrescenta.

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A dona de casa afirma se assustar com a alta dos preços em determinados produtos. De acordo com ela, antes conseguia fazer uma feira com R$ 900,00. Agora, esse valor já não dá pra comprar muita coisa.


“Os produtos estão caros demais. Quando você menos espera já fez compras de trezentos reais. É um absurdo. Cada vez mais a gente paga mais impostos e leva menos produtos pra casa”, comenta.


“Novecentos, mil reais já não é muita coisa. Quer dizer, é pra conseguir, mas, para gastar, não é tanto”, brinca.


As promoções

Em conversa com a reportagem do ac24horas, o gerente de um dos Supermercados Araújo, Arley Freitas, disse que os clientes têm procurado visitar as demais lojas para saberem qual o melhor preço.


“A população sempre gostou de economizar. Isso é natural. No entanto, diante dessa crise, a tendência é procurar economizar ainda mais. Mesmo diante da crise, a gente tem que comer todos os dias. Aqui no supermercado, por exemplo, os clientes me procuram com bastante frequencia para dizer que conseguem ver diferença nos preços”, diz.


De acordo com Freitas, somente no mês anterior, mais 65 mil pessoas fizeram compras no Araújo do Tangará, no qual  ele é gerente. “No mês anterior, cerca de 67 mil pessoas visitaram nossa  loja. As pessoas, mesmo em crise, não podem ficar sem comer”, pontua.


Os essenciais estão caros

Ouvidas pela reportagem do ac24horas, donas de casas afirmaram que poucos conseguem perceber que o salário mínimo praticamente não dá para comprar quase nada.


O açúcar, por exemplo, considerado um dos produtos essenciais numa casa, custa em média R$ 2.75. Dependendo do supermercado. O óleo de cozinha custa cerca de R$ 3,75. O leite, para acompanhar no café da manhã, varia de R$ 5,00 a R$ 7,00.


Todos esses itens, se comparado com alguns meses atrás, sairiam por um valor muito inferior ao que é comprado hoje.


“Tem muita gente que acha que manter uma casa é barato. Principalmente os homens que são solteiros. Não é fácil. As coisas estão caras. Além desses produtos, que a gente considera essenciais, tem outros como a carne que chega a ser de R$ 15 a R$ 20, somente um quilo, o feijão que está quase valendo ouro. Ou seja, o salário mínimo não dá pra nada”, disse a dona de casa Joana de Araújo, de 53 anos de idade.


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