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Parafraseando o deputado tucano Major Rocha: “não existe meia oposição”. Político tem que ter lado. Não adiante tentar navegar na oposição e na situação como faz o senador Gladson Cameli (PP). Em Epitaciolândia, ele deixou de apoiar a candidatura de Rosimari Ferreira, do PSD do senador Sérgio Petecão, que representa a oposição, para apoiar o ungido do governador Sebastião Viana (PT), Tião Flores (PSB), que representa a Frente Popular do Acre, coligação comandada pelo PT. Será que Cameli acredita realmente que receberá o apoio de Flores em 2018? Será que Flores deixará de apoiar o indicado de seu padrinho petista para defender uma possível candidatura de Gladson Cameli ao governo?
A costura da aliança demonstra que Cameli pode ter saído da FPA, mas a FPA pode nunca ter saído de Cameli. Outro exemplo foi a defesa de Taumaturgo Lima, do PT, num cargo federal do governo Temer, mesmo depois dos longos anos da aposição afastada da divisão do bolo das funções remuneradas pela União. Em comentário encaminhado via WhatsApp para o blogueiro, o Riquinho tira onda de Rolando Lero, personagem da Escolinha do Professor Raimundo, para justificar seu apoio à Frente Popular. “Desde que fui eleito senador da República em 2014, tenho me empenhado fortemente em selar alianças e relações progressista com os partidos aliados, respeitando e dialogando com todos”.
Gladson Cameli tenta repassar a culpa de seus atos a líderes de outros partidos de oposição. “Chegamos em 2016 contando com o bom senso e a coerência de muitos, mas lamentavelmente corremos risco de prejuízos devido a ausência de posicionamento de algumas lideranças. Falo isso porque sei da capacidade dos partidos de oposição de vencer as eleições na maioria dos municípios. De qualquer forma, continuarei empenhado em trabalhar pelo fortalecimento e a vitória dos nossos candidatos em todos os municípios acreanos”. Como assim? O PSB mudou de lado? Ou César Messias (PSB), que faz parte da família Cameli, estaria se preparando para abandonar a parceria com o PT nas eleições 2018?
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) foi bombardeado pelos petista por racionar água na maior seca que atingiu seu Estado. O tucano foi acusado até por não conhecer São Pedro para negociar algumas chuvinhas. Os petistas alegaram que os governos tucanos foram omissos, irresponsáveis, não se planejaram para ampliar os reservatórios de água e não cuidaram do meio ambiente nos mais de 20 anos à frente do governo. O que podemos falar do possível colapso no abastecimento água de Rio Branco? Ou ninguém pode falar da omissão dos governos petistas em pensar meios alternativos de abastecimento? As administrações petistas em seus quase 20 anos de “administração sustentável” deveriam ter pensado num plano B.
“O Acre está em festa. Tanto da situação quanto a oposição apresentaram seus candidatos para que a sociedade possa escolher o melhor para cada município”, disse Jonas Lima (PT) na abertura de seu discurso para falar das convenções realizadas por seu partido no interior do Acre. Lima foi responsável por algumas negociações que juntaram adversários históricos no mesmo palanque em diversos municípios. O articulador petista conseguiu emplacar a candidatura do irmão Isaac Lima (PT) a prefeito de Mâncio Lima e conseguiu articular para o PROS de Deda indicar o vice nas chapas de Mâncio Lima e Rodrigues Alves, além de colocar o ex-prefeito Zé Maria (PT) como o candidato da FPA em Porto Acre. Nem Sebastião Viana conseguiu ofuscar o brilho de Jonas Lima no Juruá. Gasparzinho bateu um bolão na articulação!