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Em outras épocas – as de fartura –, a Expoacre foi uma grande oportunidade de negócio para os empresários acreanos, e uma fonte de entretenimento para o cidadão. Não mais em tempos de crise.


O balanço dos negócios fechados este ano no Parque de Exposições Castelo Branco haverá de provar que a crise econômica é mais grave do que tentou transparecer o governo Sebastião Viana no começo do colapso causado pela companheira Dilma Rousseff.

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Quanto ao entretenimento, a cavalgada do último domingo foi uma amostra de que a sociedade acreana vive um momento de violência desmesurado. Inúmeras mulheres, agredidas, carregarão por muito tempo ainda as marcas impostas por uma sociedade machista.


Assistimos, estarrecidos, a imagens de um cantor sertanejo dando um murro no rosto da esposa, e a mulheres em briga por motivos desconhecidos. A despeito disso, o comando da PM alega que o evento foi “tranquilo”.


Muito já se falou, outrora, sobre os animais que sofrem na cavalgada. Nada se disse, porém, sobre as mulheres agredidas durante o evento deste ano.


A Expoacre, que em outras épocas movimentou a economia local, parece fadada, agora, a expressar as dificuldades econômicas do Estado.


Acrescente-se a esse fato o investimento público no evento, com o agravante de que os preços praticados lá dentro são incompatíveis com a realidade do mercado e do trabalhador.


Em outras palavras, o governo estadual põe nosso dinheiro no evento, favorece os aliados ao definir quem pode comerciar dentro do parque, mas faz vista grossa à cobrança abusiva aos consumidores.


Em tempos de crise, pelo menos, o governo de Sebastião Viana deveria primar pela viabilidade da Expoacre, o que significa impedir a exploração dos consumidores sem condições de gastar.


A Expoacre, que é um marco da cultura e da economia estadual, poderia muito bem ser adaptada ao momento de crise. Mas não é o que se vê.


Como na era romana, acostumada a ofertar pão e circo ao povo para aplacar os arroubos insatisfatórios, o governo de Sebastião Viana se esmera em fingir que tudo está dentro da normalidade.


Ao nos proporcionar o circo que é a Expoacre, o governo finge ignorar que ali dentro estão encarecendo o preço do “pão”.

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