O PMDB fará nesta sexta, 29, a Convenção que indicará a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) como candidata à prefeitura de Rio Branco. Mas quem acompanha os bastidores da política acreana sabe que a jornada dela não foi fácil para manter-se no jogo. No popular, apanhou de todos os lados, mas conseguiu manter a serenidade e, no final, terá o apoio de quase todos os principais partidos de oposição. Mesmo nos momentos de crise em que “aliados” criaram situações indesejáveis, Eliane, manteve-se em silêncio esperando o tempo dar a sua resposta. Absorveu os golpes sem dar o troco para evitar aumentar ainda mais as crises que se apresentaram ao seu redor. Assim disputará a eleição com uma coligação maior do que esperava. Ela entrará no pleito com um bom tempo de rádio e TV e com chapas competitivas de candidatos a vereadores. A pré-campanha da candidata foi fundamental para consolidar o seu nome e resistir de pé às “puxadas de tapetes”.
Festa da democracia
Rio Branco terá uma disputa à prefeitura qualificada. Marcus Alexandre (PT), Eliane Sinhasique, Raimundo Vaz (PR) e Carlos Gomes (Rede) poderão oferecer boas propostas aos eleitores. Isso se a campanha não descambar para as tradicionais agressões gratuitas.
Resistência
Em Cruzeiro do Sul, Henrique Afonso (PSDB), postou nas redes sociais que mesmo com a saída do PSD, manterá a sua candidatura. “Eu quero dizer que nunca estive tão feliz e confiante em relação a uma eleição. Desistir jamais!” escreveu Henrique.
Devagar com o andor
Se os adversários de Henrique forçarem a barra para que saia da disputa poderão criar o tipo de personagem que os eleitores adoram: “a vítima”. E ninguém conhece mais isso que o candidato Ilderlei Cordeiro (PMDB). Se elegeu deputado federal, em 2006, se dizendo vítima da então prefeita Zila Bezerra (PTB) de quem era vice.
Empoderado
Quem decidiu, na realidade, sobre a saída do PSD da coligação com o PSDB em Cruzeiro do Sul foi o deputado estadual Jairo Carvalho (PSD). Não aceitou a candidatura de Branca (PSDB) no Quinari contra o seu candidato André Maia (PSD).
Ileso
Através da coluna cobrei algumas vezes um posicionamento de líder natural da oposição do senador Gladson Cameli (PP). Mas tenho que admitir que Gladson através da “não ação” colocou o PP numa boa situação na disputa. Não se arranhou já antevendo o futuro.
Céu de brigadeiro
O PP fará parte de 19 chapas majoritárias em 22 municípios do Acre. Terá 10 vices e nove candidatos a prefeitos. Conseguiu alcançar uma posição confortável nas eleições municipais de 2016. Jogou como um partido que pretende ter um candidato a governador em 2018.
Diplomático
Gladson me contou que conversou com dois candidatos do PMDB para tentar a unidade das oposições. Com Mirabor, em Tarauacá e Pelé Campos, em Feijó. Nos dois municípios os candidatos da oposição com maiores apoios são Marilete Vitorino (PSD) e Kiefer (PP).
União no Jordão
Segundo as minhas fontes a oposição está elaborando uma pesquisa para escolher o candidato do Jordão. Esperidião Júnior (PMDB) e Turiano Filho (PSDB) disputam a preferência. Com ligeira vantagem para o ex-prefeito Júnior.
Disputa acirrada
O atual prefeito Elson Farias (PC do B) será o candidato da FPA à reeleição. Mas segundo as minhas fontes se a oposição estiver unida a disputa será intensa. Nesse caso, não existirá mais o favoritismo natural de quem está no trono.
Loteria
Em Tarauacá, com três candidaturas a eleição vira uma loteria. Rodrigo Damasceno (PT), Marilete Vitorino (PSD) e Teka Torquato (PR) serão os candidatos. Como não tem segundo turno a eleição pode ser vencida com menos de 30% dos votos.
Zebra
Qualquer disputa sem segundo turno nos municípios pode dar a vitória para candidatos não favoritos. A zebra fica fortalecida porque não é preciso ter a maioria dos votos. Assim qualquer detalhe, tipo um boato, pode mudar o jogo.
Muita conversa
Em Mâncio Lima, as coisas continuam indefinidas. Wilsilene (PP) e a candidata do PMDB tentam unir a oposição. Quando tudo parecia certo para Wilsilene, novas negociações foram abertas. As duas podem sair candidata ou PP e PMDB se unirem. A complexidade da política de Mâncio Lima não permite um prognóstico.
A messe é grande
Estive conversando com o deputado federal Sibé Machado (PT), no Juruá. No começo de agosto ele entrega o seu mandato para Moisés Diniz (PC do B) para assumir a Secretaria de Desenvolvimento no Acre. Sibá já sabe que a sua missão não será das mais fáceis.
Vantagem
Segundo Sibá o acordo com o PC do B é deixar Moisés por um ano e meio como deputado federal. Mas poderá reassumir quando desejar. Sibá está cheio de planos para realizar no Acre, mas tem que levar em consideração a crise econômica.
Nova geração em cena
Conversei recentemente com o prefeito da Capital, Marcus Alexandre (PT), que me falava sobre a natural renovação da política no Acre. Ele se referia ao PT que tem muitos nomes (além do dele) que deverão despontar nas próximas eleições para cargos majoritários como o presidente da ALEAC Ney Amorim (PT), deputado federal Léo Brito, a vice governadora Nazaré Araújo. Também na oposição surgem personagens que deverão se destacar como a deputada federal Jéssica Sales (PMDB), os deputados federais Alan Rick (PRB) e Major Rocha (PSDB), a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) e o senador Gladson Cameli (PP). Podem ter a certeza que as disputas para o Senado e Governo do Estado passarão por essas novas lideranças.