A BR-364 já serviu para alavancar a votação de alguns nomes da política local, em especial os do Partido dos Trabalhadores, que desde 1999 fazem dela um novo palanque a cada eleição.
Sabe-se que mais de 2 bilhões de reais foram enterrados na pavimentação. Ainda assim, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) calcula que a reconstrução da rodovia consumiria outro bilhão de reais.
É muito dinheiro para resultados cuja precariedade exige manutenção constante e sempre mais recursos que acabam escoando pelo ralo. O governo recorre a laudos técnicos na tentativa de justificar as demandas recorrentes por reparos, enquanto a oposição aponta supostas irregularidades nas obras.
Parlamentares estaduais de oposição, capitaneados neste caso pelo tucano Luís Gonzaga, tentaram emplacar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa para investigar a fundo a questão. Foram tratorados pela tropa de choque do governo, que não assinam o pedido, com a ajuda de um membro da oposição: o deputado Nicolau Jr., do PP.
Por esses dias repercute ainda a troca de acusações entre os senadores Jorge Viana (PT) e Gladson Cameli (PP), devido a uma entrevista dada pelo primeiro, na qual ele afirmava que não seria possível acusar os governos do PT sem atingir as empresas que executaram as obras, entre elas as da família Cameli.
Imediatamente após a publicação da reportagem em um site do Juruá, Gladson respondeu ao colega de parlamento, sugerindo que ele se dirigisse à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, onde há várias denúncias que envolvem o Departamento Estadual de Estrada e Rodagem (Deracre) sobre os desmandos das administrações petistas. Foi além: as suspeitas de crimes não se restringiriam apenas ao setor de infraestrutura, mas também ao da saúde, educação e outras áreas da esfera estadual, conforme sustentou.
É de abismar que o deputado Nicolau Júnior, cunhado de Gladson, some-se ao governo na hora de abafar uma tentativa de investigação na BR-364 e que Gladson e Jorge Viana se estapeiem em público quando o assunto são as acusações de desvios.
Em um momento de grave crise econômica no país, e de contenção de despesas nos governos federal e estaduais, não é de bom augúrio acreditar nas palavras do representante do Dnit, segundo as quais a BR estará recuperada até o começo do ano que vem.
Trechos muito mais importantes da 364, por onde circulam parte significativa da riqueza do país, amargam o descaso das autoridades públicas.
Grande parte dessa carga circula na região do centro-oeste, graças à soja. Ainda assim, as condições rodoviárias obrigaram, em 2015, os caminhoneiros a bloquearem as estradas em protesto contra a sua precariedade.
No trecho da mesma BR entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, o perigo não é a revolta dos motoristas – mas a situação da própria estrada, que ameaça a circulação de veículos de carga e de passageiros.
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