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Acre não descarta decretar calamidade pública por causa da seca

Por
Luciano Tavares, da redação ac24horas

Por causa da intensa estiagem no Acre, o governo não descarta a possibilidade de decretar situação de calamidade pública. A informação é do coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista.


Nesta quinta-feira, 21, o nível do rio Acre chegou a 1,65 metros, a menor marca da história para o dia de hoje, informou o coordenador da Defesa Civil Municipal, George Santos. “É a menor desde 1970, quando a Defesa Civil iniciou a medição.”


A situação pode se agravar ainda mais porque a previsão é de que a estiagem dure até o mês de setembro. “Esse período crítico, prolongado, deve se estender até a primeira quinzena de setembro”, informa George.


Se as previsões dos institutos de meteorologia se confirmarem, o nível do rio Acre deve baixar ainda mais e superar os 1,51 metros do dia 11 de setembro de 2005, quando o estado sofreu uma grave seca.


Há duas semanas, o governador Sebastião Viana decretou estado de emergência nos municípios de Rio Branco, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia, Assis Brasil, Porto Acre, Bujari, Plácido de Castro (Vila Campinas) e Acrelândia. O governo ainda aguarda que a Defesa Civil Nacional reconheça a situação de emergência, o que pode ocorrer a qualquer momento.


O abastecimento de água na capital foi reduzido em20% devido a dificuldade na captação no rio Acre. O Depasa passou captar a água do rio usando bombas flutuantes.


Mas, a seca não atinge apenas o rio. Os riscos de incêndios florestais, o aumento de doenças respiratórias e prejuízos a produção rural são iminentes, lembra Carlos Batista.


Ao blog do jornalista Altino Machado, o governador do Acre declarou: “Temos uma sala de situação funcionando em tempo integral. Aguardamos ansiosos o governo federal reconhecer a situação de emergência. A baixa do rio passou de um centímetro ao dia para quatro centímetros ao dia. Com nível baixo como esse, nunca registrado antes no mesmo período, o aumento dos pontos de calor pela seca e a ameaça real ao abastecimento, estamos, sim, com a Defesa Civil, avaliando sobre a adoção de medidas mais amplas. O pico da seca será por volta do dia 11 de setembro”, disse Viana.


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Luciano Tavares, da redação ac24horas

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