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A oposição e a Torre de Babel

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No momento de maior fragilidade do petismo no Brasil e no Acre as oposições falam línguas diferentes. Ninguém parece se entender em meio à barafunda de pré-candidaturas, tendências, disputas internas e desafeições recentes e antigas entre os líderes oposicionistas.


Enquanto o PMDB apostou em Eliane Sinhasique para a disputa à prefeitura da capital, ninguém nas hostes do partido parece ter previsto que a casmurrice do prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales – que insiste na indicação de um sucessor –, traria tantas dificuldades para viabilizar uma aliança em torno da primeira.

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É que no município dominado pelos Sales, o PSDB tem como pré-candidato o ex-deputado Henrique Afonso, que declinou do convite de se filiar ao PMDB já antevendo que não seria o indicado de Vagner.


Sua ida para o ninho tucano, sob a promessa de concorrer ao cargo ora ocupado pelo peemedebista, acarretou escaramuças políticas que perduram além dos limites do município. Eliane Sinhasique nada conseguiu com os tucanos, que flertaram com Tião Bocalom até o dia em que o largaram no altar.


O casamento com Antônia Lúcia (PR), a quem os tucanos juram agora amor eterno por conta do vereador Raimundo Vaz, pré-candidato do partido à prefeitura de Rio Branco, foi por pura conveniência. Em troca da aliança em prol do parlamentar, o PSDB recebeu sinal verde da missionária para que as siglas que orbitam em seu derredor apoiem Henrique na disputa pela prefeitura cruzeirense.


Camufladas sob as boas intenções, as razões verdadeiras: Antônia Lúcia intenta usar a candidatura na capital para atrair recursos da executiva nacional e, assim, anabolizar os candidatos da sigla nos municípios do interior. Com isso quer garantir seus redutos eleitorais para as eleições de 2018, quando pretende regressar à Câmara dos Deputados. Enquanto isso, o PSDB precisa  engajar-se na campanha de Raimundo Vaz, para manter viva a imagem de um partido forte e mais independente do que os demais oposicionistas.


Em meio à desordem, Marcio Bittar pede pelo amor de Deus para que seja sagrado pré-candidato a vice na chapa de Eliane Sinhasique, colocando o filho João Paulo em uma chapa capaz de lhe garantir passagem garantida à Câmara de Vereadores.


E Tião Bocalom (DEM) amarga um isolamento jamais imaginado por quem, por mais de uma vez, esteve na iminência de derrotar o governo da Frente Popular.


Resta ao PSD do senador Sérgio Petecão decidir pra que lado vai – e tudo indica que deverá pender para os peemedebistas.


Ao PP do também senador Gladson Cameli sobrou o discurso de que prima pela união das oposições, enquanto tem ajudado o PMDB a desuni-la do Alto Acre ao Juruá.


Estando certas as previsões desta quarta-feira, o deputado federal Alan Rick (PRB), outro nome aguardado na oposição, deverá se manter mesmo é no palanque do prefeito Marcus Viana.


Como os líderes da Babel oposicionista não conseguem falar a mesma língua, o deputado do PRB evita pregar no deserto.

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