Depois de muitas especulações sobre o rumo que o deputado federal Alan Rick (PRB) tomaria nas eleições municipais de Rio Branco o martelo foi batido. Durante um encontro, no escritório do parlamentar, em Rio Branco, entre Alan e o prefeito Marcus Alexandre (PT), na tarde desta quarta, 20, ficou confirmado que o PRB estará junto com a FPA. Nessa entrevista exclusiva os dois políticos explicam os motivos da ida do PRB para a coligação comandada pelo PT.
ac24horas – Deputado Alan Rick todas as especulações na imprensa diziam que a sua tendência seria apoiar candidatos de oposição. Mesmo porque o seu partido votou unido a favor do impeachment da presidente Dilma (PT) e atualmente integra o Governo Temer (PMDB). Por que o senhor resolveu apoiar a FPA e o candidato à reeleição Marcus Alexandre, em Rio Branco?
Alan Rick – Já dei uma entrevista anterior destacando a independência do PRB. Isso significa que o partido sob orientação da direção nacional foi autorizado a fazer as melhores alianças nos municípios do Acre. Com a responsabilidade de presidente estadual do PRB tive o cuidado de ouvir os candidatos a vereadores, as lideranças do partido e os nossos filiados e, principalmente a população, para construirmos o melhor para Rio Branco. Nesse processo decidimos através da densidade dos nomes na disputa o melhor projeto para cada município. Tanto que aqui em Rio Branco a condução estava sendo feita pela antiga direção. Mas entendemos que a proposta do Marcus Alexandre contemplava os objetivos do PRB de boa gestão, desenvolvimento urbano e de otimização dos serviços públicos.
ac24horas – Deputado o que se fala no meio político da Capital é que o senhor como presidente do PRB é uma espécie de rei ou rainha da Inglaterra. Ou seja, o senhor é o presidente, mas quem manda são outras correntes antagônicas. Isso é verdade?
AR – Não é verdade. O partido tem na minha presidência autonomia para tomar decisões, inclusive, de mudanças dos diretórios municipais e vamos fazer isso. O PRB não deu a presidência para um deputado federal de maneira superficial. Esse é um trabalho que o partido está fazendo em todo o Brasil e no Acre não é diferente. No próximo dia 26, a direção nacional do PRB virá me dar posse. E vamos ter total autonomia para tomar decisões sempre pensando no melhor para cada município e a população.
ac24horas – Agora, deputado não é contraditório o PRB ter votado unido pela saída presidente Dilma, ter o Ministério do Desenvolvimento do governo do PMDB, ser antagônico ao PT no plano nacional e continuarem com o PT na Capital do Acre?
AR – O presidente nacional do PRB nos deixou muito a vontade para essa decisão. O PRB vinha caminhando com a FPA e quando demos o nosso grito de independência foi para que o PRB tivesse autonomia para fazer as melhores coligações. Em Rio Branco, o prefeito Marcus Alexandre se mostrou, no aspecto político e de gestão, o melhor caminho e o PRB optou por continuar nessa aliança na Capital. Em vários municípios do interior o PRB estará caminhando com partidos de oposição. Como em Cruzeiro do Sul, Brasiléia, Santa Rosa, Porto Acre. Portanto, isso denota a nossa opção pela independência.
ac24horas – Marcus Alexandre no campo ideológico não é contraditório um partido que votou pela saída da presidente Dilma e que no interior apoia vários candidatos de oposição vir a apoiar a sua candidatura?
Marcus Alexandre – Entendo que não. Em 2012 nós já caminhamos juntos. O PRB ajudou na nossa eleição e fez um vereador o Pastor Manoel Marcos que se comportou como um grande parceiro nesses quatro anos. O PRB compôs a nossa equipe da prefeitura. Portanto, estamos dando sequencia a uma aliança. O que aconteceu em Brasília temos que buscar outas maneiras de entender porque temos vários outros partidos que compõe a FPA que votaram pelo impeachment. É outra situação. Vamos continuar o nosso trabalho. É uma sequencia com todos os dirigentes partidários daquilo que assumimos com a população em 2012.
ac24horas – Em agosto, o Senado deverá votar pelo afastamento definitivo da presidente Dilma. O senhor acha que o fato de haver essa mudança com a saída de uma presidente do PT para entrar um do PMDB poderá atrapalhar a sua campanha? E no caso de uma vitória poderia atrapalhar a sua futura gestão?
MA – É complicado a gente analisar na política nacional alguma coisa com 30 dias, antes de acontecer. Os fatos estão ocorrendo numa velocidade muito grande e de um dia pro outro um ministro pede a renúncia. Tem uma delação que expõe uma situação que ninguém conhecia. Então é difícil. Eu entendo que independente do resultado o que todos os brasileiros têm que fazer é torcer pelo Brasil. Não podemos continuar na situação que está. O Congresso tendo que avançar nas pautas mais importantes e a instabilidade política faz com que não votem. Na minha opinião, nessa nova gestão presidencial já perdemos mais de um ano e meio com discussões políticas enquanto poderíamos buscar melhorar a vida do povo. Nós temos que ter uma conciliação na política nacional, seja a qual for, para termos um ambiente político favorável para que as coisas sejam votadas e o Congresso funcione. A Câmara escolheu agora o seu presidente. O interino não tinha ambiente para agir. E a partir do que se decidir no Senado cabe a todos nós o respeito. Vamos avançar nas pautas importantes para o país. Acho que a decisão do Senado não vai atrapalhar a gestão nos municípios. Não acredito que um partido que esteja com a Presidência da República vá trabalhar para que um município seja prejudicado. Porque não vai prejudicar o prefeito, mas a população. Espero que o Governo Federal olhe para a população e não para o partido do prefeito.
ac24horas – O senhor está tendo a confirmação de um partido conservador te apoiando. A sua própria vice veio do PMDB e do PSDB. Isso denota uma mudança no PT a nível ideológico e das suas diretrizes? Uma simbiose do PT com as forças políticas mais conservadoras da política brasileira?
MA – Não posso falar pelo PT porque não sou seu presidente. Mas por mim. Tenho construído ao longo da vida muitas amizades independente de partidos e de posições políticas. Desde que assumi a prefeitura tenho dialogado com todos, quem votou em mim e quem não votou. Graças a essa maneira de atuar tenho uma relação com todo mundo o que me permite fazer alianças com quem entendo que vai nos ajudar governar. Falo por mim. É um honra ter a Socorro Nery ao meu lado que traz a sua visão de mundo, da cidade, a tradição da sua família que vem de Tarauacá, de uma mãe que foi deputada federal e a carreira bonita que ela tem. Ter o PRB ao meu lado. Como cristão tenho os mesmo princípios que o Alan tem no coração e vamos defender aquilo que acreditamos. Vejo que o momento que vivemos na política brasileira requer que façamos alianças baseadas na sinceridade e na verdade, buscando o melhor para a população. Não importa se são partidos de direita ou esquerda. O mais importante é fazer alianças baseadas naquilo que temos em comum.
ac24horas – O senhor acha que nessa eleição municipal os eleitores vão votar em pessoas, partidos ou em questões ideológicas?
MA – O Brasil hoje tem 34 partidos. Então quando a pessoa vai votar estará olhando o compromisso que o candidato tem, as suas ideias, as suas propostas. A gente está votando no Brasil atualmente menos nos partidos e mais nas pessoas principalmente, nos cargos majoritários. Vão votar em quem reúna as melhores condições para a gestão.
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