Todas as eleições sempre aparecem candidatos exóticos que entram na disputa para fazer “comédia”. Normalmente esses personagens apresentam propostas malucas e têm como único objetivo os cinco minutos de fama. Mas esse não é o caso das eleições municipais da Capital de 2016. Os candidatos que se apresentaram até agora criam a expectativa de um debate qualificado. Os eleitores terão muito a pensarem antes de votarem. Isso é muito bom para o município e para a “combalida” democracia do Acre. O prefeito Marcus Alexandre (PT) que concorre à reeleição é um engenheiro com muitas experiências em gestão pública. A deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) é uma das radialistas mais populares da cidade com passagens pela Câmara de Vereadores e, agora, na Assembleia Legislativa. Raimundo Vaz (PR), além de funcionário de carreira da prefeitura, está no seu terceiro mandato como vereador. O jovem concorrente da Rede de Sustentabilidade, Carlos Gomes (Rede), é acadêmico da UFAC de economia. Se entrar na disputa, Bocalom (DEM), vem da experiência de três gestões em Acrelândia e uma na secretaria estadual de agricultura. Não tem leigo nessa eleição. Todos os candidatos de alguma maneira possuem contato direto com a realidade do município e boas experiências políticas no cenário acreano para colaborarem a um debate saudável dos problemas sociais de Rio Branco. Nada de “bamburres” e nem de propostas escatológicas apenas para divertir os eleitores. Um avanço sem dúvidas!
Projetando o futuro
Pelas conversas que tive com a ex-deputada Antônia Lúcia (PR) não há possibilidade de retirar a candidatura de Raimundo Vaz. Ela fomenta e organiza os partidos que gravitam a sua volta para eleger deputados federais em 2018.
Difícil mudar
Assim, fica praticamente impossível o PSDB, que tem um acordo com o PR, apoiar outro candidato. Em Cruzeiro do Sul, Antônia Lúcia entregou aos tucanos aquilo que queriam. Agora, vai cobrar o pacto em relação a candidatura do PR na Capital. Simples assim…
Jogando pra torcida
Portanto, essa possibilidade do PSDB indicar o ex-deputado Márcio Bittar (PSDB) como vice de Eliane Sinhasique (PMDB) nunca existiu. Sem falar que Antônia Lúcia e Bittar não se “bicam”. Resquício ainda de uma briga de mulheres no palanque de Aécio Neves(PSDB), em Rio Branco, na eleição de 2014. Lembram?
A real
Bittar precisaria ter ainda a concordância do presidente do PSDB acreano, deputado federal Major Rocha (PSDB). Todos sabem que os dois não são propriamente fãs um do outro. Some-se as divergências de Bittar com a Missionária e o sonho acabou.
Hipocrisia
Agora, querer jogar esses rolos internos da oposição no colo do deputado federal Flaviano Melo (PMDB) chega a ser uma comédia. A unidade não vai acontecer na Capital por inúmeros fatores políticos e não pela ação exclusiva de um ou outro.
Primeiro se combina
Algumas negociações de candidaturas a prefeito da Capital da oposição estão acontecendo sem o conhecimento dos seus interessados. O cara vai lá e cria a tese, marca a reunião, mas não avisa quem está com a candidatura posta.
O fato
A oposição tem dezenas de partidos independentes entre si. Não tem cargos comissionados para amarrar ninguém. Eis a questão da difícil unidade. Mas morderam a isca do PT que precisam se unir num único bloco e sofrem por isso.
Prévia de 2018
O PT do Acre não está morto. Tem o Governo do Estado e a prefeitura da Capital. Se vencer em Rio Branco e alguns outros municípios do interior virá forte para a disputa ao Governo de 2018. É pura ilusão achar que a próxima eleição para governador será um pic nic e já está resolvida.
O outro lado
Mas tem petistas na Capital que consideram a fatura ganha em 2016. Podem ter a certeza que ninguém ganhou e nem perdeu ainda. Será uma disputa muito dura para todos os candidatos. Favoritos só serão possíveis de serem apontados quando a campanha e os debates entre candidatos começarem.
Mar de indecisos
Estou sabendo dos números de uma pesquisa feita em Cruzeiro do Sul pelo Instituto Juruaense do Queiroz. Ele será registrada nos próximos dias. Mas uma coisa posso antecipar, assim como a pesquisa anterior do Francimar, os indecisos ainda são muitos no município. Se fosse um candidato estaria bem na frente.
A hora da campanha
Os candidatos Ilderlei Cordeiro (PMDB), Henrique Afonso (PSDB) e a delegada Carla Ivani (PSB) podem e devem gastar sola de sapato. A campanha vai decidir o novo prefeito de Cruzeiro do Sul. Existe um grande número de indecisos a serem conquistados.
Os padrinhos poderosos
Em Cruzeiro do Sul, Ilderlei terá o prefeito Vagner Sales (PMDB) e o senador Gladson Cameli (PP) ao seu lado. Henrique contará com o apoio do deputado federal Major Rocha (PSDB) e da ex-deputada Antônia Lúcia (PR). E a Carla, com o governador Tião Viana (PT) e o deputado federal César Messias (PSB). Façam as suas apostas.
Ciumeira
Por falar em Rocha, a sua ida para a vice liderança do Governo Temer (PMDB) na Câmara Federal despertou a ciumeira de petistas e também de alguns filiados do DEM. Cheguei a receber mensagens de um petista garantindo que a notícia não seria verdadeira.
Fichas limpas
Entre os ex-governadores do Acre nem Flaviano Melo e nem Jorge Viana (PT) respondem a nenhum processo gerado pelas suas gestões. Para incriminá-los precisa de um processo, um julgamento e uma condenação. Senão quem acusa sem provas que será processado. Assim funciona a Justiça.
Bye, Bye Brasil
O senador Jorge Viana está jogando bem nas eleições municipais. Como não indicou candidatos da FPA vai aos municípios conversa com todos e dá seu apoio moral. Mas não tem a responsabilidade pela derrota de ninguém. Ou seja, não apostou todas as suas fichas em nenhuma candidatura. Iniciou a jornada do recesso parlamentar no Acre e em seguida embarcou à China para debater com os empresários chineses a Ferrovia Transoceânica