A 4ª fase da Operação Lares, executada nesta sexta-feira, 08, pela Polícia Civil, em Rio Branco, ocorreu após as investigações apontarem que ex-gestores da instituição e um servidor estariam tentando intimidar testemunhas arroladas ao inquérito policial.
As revelações, feitas pelo delegado Roberth Alencar, que conduz as investigações, apontam que o esquema de distribuição ilegal das casas populares acontecia antes da gestão Jamyl Asfury (2015-2016) ser reiniciada. Contudo, mesmo com a mudança de comando, a organização criminosa continuou atuando na Secretaria de Habitação e interesse Social (Sehab).
“Hoje estamos cumprindo mandados de medidas cautelares. Estamos proibindo os investigados de se aproximarem das testemunhas, e isso pode gerar prisão. Tudo isso depende de circunstancias e de provas para que aja essa situação. O primeiro inquérito teve 5 mil folhas”, explicou o delegado.
Ainda segundo Roberth Alencar, o servidor da Sehab, Marcio Goes, ameaçou uma das testemunhas e a intimidou a não contar fatos que teriam ocorrido junto à organização. “Nós queremos identificar e provar a participação dessas pessoas no processo fraudulento. Esperamos dar continuidade e identificar todas as pessoas”, completa.
As investigações apontam que Marcio utilizou um dos veículos da Secretaria de Habitação, fardado com o colete da instituição para conversar com as testemunhas da Operação Lares. Agora, por ordem judicial, foi afastado das funções públicas e ficará à disposição da Polícia Civil.
Um dos inquéritos iniciados pela Polícia Civil, conta Roberth Alencar, foi encaminhado à Polícia Federal, por entendimento do juiz Gilberto Matos, responsável pelo processo. O material obtido pelas investigações trata dos beneficiários dos imóveis, pessoas que receberam ilegalmente casas populares.
Nesta fase da Lares foram apreendidos documentos, celulares e materiais digitais em CDs e pen-drivers tanto na casa de Rostênio Ferreira, ex-secretário da Sehab, como na residência do ex-servidor Irla Lins, que exerceu a função de coordenador do Departamento Social, função também exercida por Marcos Huck, preso em abril, durante a segunda fase da operação. Os materiais também foram apreendidos na casa de Marcio Goes.
Na primeira fase da Operação Lares, Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil (PC) fizeram apreensões de documentos e cumpriram mandados de condução coercitiva direcionados a servidores da Secretaria de Habitação, uma servidora da Junta Comercial do Acre (Cleuda Maia, irmã do ex-deputado Geraldo Pereira, do PT), e ainda supostos beneficiados pelo esquema.
Já na segunda fase, as investigações apontaram para a prisão de supostos condutores do esquema. Entre o grupo de quatro presos (Marcos Huck, Rossandra Melo, Cecera Dantas e Daniel Gomes), diversas outras pessoas foram ouvidas pelo delegado. Pensava-se que cerca de 60 podiam ser indiciadas a partir daquele momento.
Numa terceira fase, a Polícia Civil, sob o comando do delegado Roberth Alencar, que administra as investigações, cumpriram mandados de despejo em residências construídas com recursos públicos e que teriam sido entregues às famílias de forma irregular. Muitas casas foram depredadas após os despejos. Alguns moradores foram denunciados por dano ao patrimônio.
A quarta fase da operação foi deflagrada nesta sexta-feira, 08 de julho, para o cumprimento de três mandados de busca, apreensão e conduções coercitivas.
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