Categorias: NotíciasPolítica

Oposição não consegue protocolar MS para instalar CPI da Sehab

Por
Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

Os deputados de oposição na Aleac informaram na manhã desta quarta-feira (6), que ainda não protocolaram o mandado de segurança na Justiça para garantir a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de venda ilegal de casas na Secretaria de Habitação e Interesse Social do governo do Acre, por falta de publicidade da ata da sessão que derrubou o requerimento apresentado pelo deputado estadual Gerlen Diniz (PP).


O autor do requerimento, Gerlen Diniz informa que os deputados precisam da publicação do ato, só a partir da divulgação é que o advogado poderá ingressar com a ação na Justiça. “Precisamos da publicação no Diário Oficial da ata da sessão. Já estamos com as procurações assinadas pelos deputados do bloco de oposição, mas a Casa protela a publicação há 16 dias. Não sabemos quais os motivos do atraso, mas vamos cobrar isso dos membros da Mesa”, Diz Gerlen.


Os deputados informam que continuam recebendo muitas denúncias e reclamações em relação à questão das casas do programa de habitação do governo do Acre. A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) afirma que 348 casas do conjunto Andirá estão abandonadas. “O local virou uma cidade fantasma. Mais de dois anos de obras paralisadas, o que foi construído está sendo deteriorado e roubado por vândalos que invadem e depredam as casas”, ressalta.


Segundo a peemedebista, apesar de algumas famílias permanecerem acampadas na entrada do prédio do Pode Legislativo, “cerca de 451 casas que estão prontas e não foram entregues até hoje na Cidade do Povo. Eliane Sinhasique revela que recebeu um recado de Daniel Gomes, ex-diretor executivo da Sehab, que está preso acusado de participar do esquema de venda de casas populares. Gomes teria solicitado a presença da parlamentar no 4o BIS – local que está preso.


“Eu disse para ele que só vou se permitir a gravação da conversa. Deixe bem claro isso. Outra coisa que está me estranhando é que não conseguimos os documentos necessários para impetrar o mandado de segurança para instalar esta CPI que não investigará apenas a venda de casas, mas também a morosidade na entrega das unidades que estão prontas, mas não foram entregues aos moradores de áreas de risco que foram retirados de suas casas”, diz Sinhasique.


Ela comenta que a sessão aconteceu dia 21 de junho, a sessão que derrubou o requerimento da CPI, “hoje são seis de julho, há 16 dias estamos esperando a publicação da ata que rejeitou a comissão. Para entrar com mandado de segurança no TJ nós só podemos no momento que a Aleac publicar a ata da rejeição do pedido de CPI. Sem este documento nós não temos como entrar com o mandado de segurança para entrar com esta ação”, finaliza.


Compartilhe
Por
Ray Melo, da editoria de política do ac24horas