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Os desafetos Dêda, Burica e Jonas Lima se unirão nas eleições

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coluna do nelson


Na política tudo pode acontecer quando se tratam de eleições. No Juruá, todo mundo sabe que o ex-prefeito de Rodrigues Alves, Dêda Amorim (PROS) e o atual, Burica (PT), sempre foram como cão e gato. A relação entre os dois nunca foi das melhores. Cada um para o seu lado e salve-se quem puder, apesar de estarem na FPA. Mas a disputa das prefeituras de Rodrigues Alves e de Mâncio Lima mudaram esse quadro. Não estranhem Dêda e Burica no mesmo palanque pedindo votos para o candidato Márcio Queiroz (PROS), em Rodrigues Alves. De quebra o vice do candidato de Dêda vem do PT, Evanildo da Pesca (PT). Em Mâncio Lima mais uma que parecia impossível, Dêda deve recuar da sua candidatura para apoiar Isaac Lima (PT), com as bênçãos do deputado estadual Jonas Lima (PT), irmão do candidato. Jonas também abençoa a aliança entre a água e o óleo em Rodrigues Alves. Contradições da política que têm sempre a vitória eleitoral como prioridade número 1.

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Todos contra um
O candidato do PMDB, em Rodrigues Alves, Sebastião Correia, é um empresário bem sucedido. Tentou várias vezes ser prefeito do município e perdeu todas. Na atual disputa era o favorito até todos se juntarem contra ele. Mas como só as urnas podem decretar o resultado eleitoral prevejo uma disputa intensa.


Erro estratégico
Pelos nomes postos na disputa de Mâncio Lima, me parece que o atual vice-prefeito, Ériton Maia (PC do B) é um dos mais preparados. Mas o PC do B poderá abrir mão da sua candidatura. Está difícil para os comunistas fazerem alianças com outros partidos que se dividem entre Isaac e a candidata do PMDB.


Até tu Brutus?
O candidato derrotado ao Governo, em 2014, Márcio Bittar (PSDB), parece ter como única preocupação, no momento, a eleição do seu filho a vereador da Capital. Esses dias numa reunião do PSDB mudou o seu discurso. Não quer mais a unidade da oposição, mas a manutenção candidatura de Francineudo Costa (PSDB).


Mudança estranha
Bittar era a favor da unidade das oposições em torno da candidatura melhor colocada nas pesquisas, no caso, Eliane Sinhasique (PMDB). Mas deve ter somado um mais um. Ou seja, Francineudo saindo da disputa da prefeitura de Rio Branco, depois da natural exposição na mídia, se torna um candidato a vereador forte e pode ser um problema para João Paulo (PSDB), filho de Bittar.


Gritaria tucana
Soube que os candidatos a vereadores do PSDB não estão nada satisfeitos com a candidatura do filho de Bittar. Alegam que o apoiaram na disputa pelo Governo do Acre, em 2014. Agora, terão que enfrentar uma estrutura muito maior e azeitada da família Bittar.


Política familiar
Quando se coloca interesses pessoais na política tudo fica mais complicado. Segundo as minhas fontes, na exposição ao diretório municipal, Bittar, afirmou que o Bocalom (DEM) está desgastado e Sinhasique não cresce o suficiente. Então o melhor será os tucanos manterem candidatura própria. Deu para entender?


Questão de entendimento
No entanto, existe um fator que Bittar não está levando em conta. O presidente regional do PSDB é o deputado federal Major Rocha (PSDB). Qualquer decisão dos tucanos passará pela aprovação da liderança maior. E, no momento, Bittar e Rocha, não morrem de amores um pelo outro.


Precipitação
Na minha avaliação, Bittar joga com riscos ao colocar o seu filho como candidato a vereador da Capital. Se não eleger o jovem herdeiro político ficará desmoralizado. Não terá caminhos majoritários em 2018 como ainda sonha.


Tudo tem a sua hora
Francineudo é um jovem político com duas eleições para vereador e deputado estadual em que bateu na trave. Se for candidato a vereador poderá ter uma votação expressiva e se eleger. Se tornaria uma liderança natural no ninho tucano.


Aproveitando o momento
Os políticos têm que ter a percepção do momento certo para cada candidatura. Por exemplo, Chicão Brigido (PDT), ainda jovem se elegeu vereador da Capital e depois um dos deputados federais mais votados do Acre. Tentou voos maiores sendo candidato a governador. Não era a hora. Atualmente para Chicão se eleger, seja ao que for, ficou complicado.

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Novas lideranças
O mesmo serve para o Bocalom e o próprio Márcio Bittar. Eles não podem continuar sendo candidatos majoritários pela eternidade. A oposição precisa de novas lideranças. Hoje quem está na crista da onda são o senador Gladson Cameli (PP), os deputados federais Alan Rick (PRB) e Major Rocha (PSDB). As eleições de 2018 pela oposição, a nível majoritário, passa necessariamente por esses nomes.


PT, PC do B e PSB em luta
No Bujari, o espatifado da FPA poderá ser grande. O candidato a prefeito do PC do B será Romualdo numa coligação com o PSB do Padeiro, que não se sabe se tem condições legais de concorrer. O PT terá candidato próprio para substituir o atual prefeito Tonheiro (PT).


Prudência
Conversei com o deputado estadual Antônio Pedro (DEM), que tem sido um dos bons parlamentares da ALEAC. Para que o seu filho Ailson Mendonça (DEM) seja candidato a prefeito em Xapuri terá que estar bem nas pesquisas. Ali se a oposição rachar o ex-prefeito Bira Vasconcelos (PT) leva fácil.


Questão de prioridade
O fato é que Antônio Pedro tem caminhos para crescer politicamente. Está conseguindo fazer um ótimo mandato e o seu prestígio político está em alta. Ailson é um jovem cheio de boas ideias, mas precisa saber se é esse o momento de se lançar ou não.


O dano dos puxa-sacos
Um dos piores inimigos de um político são os seus próprios assessores puxa-sacos. Essa corja infla o ego dos seus assessorados e os induzem aos erros. Ao invés de serem realistas preferem o caminho fácil da bajulação. Como um dos elementos principais que movem os políticos são as suas vaidades acabam acreditando no “puxasquismo” e se lascam. O puxa-saco realmente é um perigo para quem pretende fazer uma carreira política séria para ajudar no desenvolvimento social seja de um município, um estado ou um país.


Gratidão
Quero agradecer ao vereador Raimundo Vaz (PR) e a Câmara Municipal de Rio Branco pelo título de cidadão rio-branquense que recebi na noite de terça, 28. Me senti lisonjeado e com a sensação de ter meu trabalho de jornalista reconhecido pela comunidade. Muito obrigado ao Vaz, à Câmara Municipal e aos leitores da coluna que publico diariamente.


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