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“Que se entregue o Juruá para o Amazonas”, diz Naluh, caso a BR-364 feche

Por
Jairo Carioca

“Que se entregue o Juruá para o Amazonas”, diz Naluh Gouveia em caso de fechamento da BR 364

“Que se entregue o Juruá para o Amazonas”, disse a presidente do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE), conselheira Naluh Gouveia, em caso de fechamento da BR 364, possibilidade esclarecida em seu gabinete pelo supervisor do DNIT no Acre, Tiago Caetano. A entrevista concedida pela conselheira ao ac24horas foi exclusiva logo após a exposição do relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre ao Fórum Permanente de Prevenção e Combate à Corrupção.


Para Naluh será “um poço de incompetência deixar uma situação dessa acontecer”. Ela citou que ao abrir a estrada de inverno a verão, o Estado criou uma expectativa aos povos do Juruá, fazendo com que empresários dessem fim as alternativas de transportes existentes antes da rodovia “que era pelos rios e balsas”, acrescentou.


LEIA MAIS:
>> Deracre alterou o projeto original da BR 364 e resultado não atendeu aos padrões técnicos
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BR 364 pode ser fechada por até três anos e isolar mais de 200 mil pessoas no Juruá 

 


Sem meias palavras, lembrando os tempos em que atuava com parlamentar na Assembleia Legislativa, a ex-deputada farpou: “seria uma maldade muito grande com aquele povo, nós aqui dessa região já sabemos o que é um fechamento de uma rodovia”, comentou a conselheira.


A possibilidade de fechamento da BR 364 foi ventilada pelo supervisor do DNIT no Acre, Tiago Caetano, que mesmo com a execução do chamado PLANO B, não descartou a possibilidade em função do atraso na licitação das obras do CREMA – restauração de menor porte, que exige no prazo de três ou quatro meses a execução do passivo.


Ontem o DNIT anunciou a audiência pública que será realizada em Tarauacá, dia 13 de julho para esclarecer a proposta de restauração e manutenção da única rodovia que liga Rio Branco ao Juruá, que ainda vem sendo analisado e tratado como anteprojeto pelo órgão em Brasília.


“A minha geração e a sua [se referindo ao repórter] ainda ficou em fila na fogás, mas as novas gerações não sabem o que é isso, não sabem o que é entrar em um supermercado e pegar somente duas caixinhas de leite”, concluiu a conselheira.


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Jairo Carioca

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