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Desabafo de governistas revela acordo descumprido para arquivar CPI da Sehab

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Gerlen Diniz e Eber Macharam trocaram farpas durante a sessão desta terça-feira, 28, na Aleac

Os deputados estaduais voltaram a debater a derrota do requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a venda ilegal de casas na Secretaria de Habitação e Interesse Social do governo do Acre. O desabafo dos aliados do governador Sebastião Viana (PT) revelaram ainda, a quebra de um possível acordo entre governistas e oposicionistas para o arquivamento do pedido da investigação no âmbito do Poder Legislativo.


O deputado Eber Machado (PSDC) destaca que o plenário não teria derrotado apenas os requerimentos da CPI da Sehab, mas também os três pedidos apresentados pelo líder do governo. Machado destaca ainda que nenhum das comissões instaladas na Aleac, em legislaturas anteriores, conseguiram êxito nas investigações ou apresentaram resultados positivos. Ele enfatiza que a venda de casas está sendo investigada pelos órgãos de controle do Estado e União.


“Na história desta Casa, nenhuma CPI teve sucesso. Não conte com o deputado Eber Machado para tentar enganar vocês, contem com o deputado Eber Machado para procurar os verdadeiros caminhos. A população não acredita mais nos políticos, os parlamentares estão desacreditados. Já temos uma investigação no MP Acre, MPF, PF e Polícia Civil. Uma CPI na Aleac não pode investigar mais que os órgãos de fiscalização. Nós perdemos a credibilidade”, diz o deputado.

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Eber Machado acusou Gerlen Diniz, de fazer politicagem e palanque político com a questão do mandado de segurança para instalar a CPI da Sehab. “Vossa excelência tentou sair como herói. Como um filosofo alemão disse. “tudo que não puder contar como fez não faça. Votei contra três CPIs do líder do governo. A população não vai deixar de acreditar numa investigação feita pelos órgãos adequados para acreditar numa CPI feita por deputados”.


Quem revelou a existência de um possível acordo entre os 24 deputados para arquivar o requerimento de CPI da venda ilegal de casas na Sehab foi Jonas Lima (PT). “Nenhuma CPI chegou a nada nesta Casa. Em Todas as casas legislativas, se você olhar para Câmara e Senado é a mesma coisa. Quero dizer a todos vocês que repudio esta forma que o nobre deputado (Gerlen Diniz) voltou aqui dizendo que vai recorrer. Rapaz, um acordo tem que ser cumprido”, disparou.


Raimundinho da Saúde (PTN) praticamente confirmou o acordo revelado por Jonas Lima. “Eu entendi que o nobre deputado Gelen Diniz tentou fazer aqui foi um ato covarde contra o parlamento, contra as famílias que estão aguardando há anos por uma casa, tentando enganar estas pessoas, como se a CPI fosse resolver o problemas destas pessoas. As investigações não pararam e vão continuar pelo MP, MPF e Polícia Civil, órgãos que têm competência para investigar”.


Gerlen Diniz contra-ataca

“Gostaria de dizer que meu dia está sendo maravilhoso. Quero agradecer as palavras de mentiroso e leviano dos deputados da base. Obrigado, porque estas palavras tornaram meu dia muito melhor. Fico observando usarem mil e um argumento para votarem contra a CPI – como se a população fosse boba e não entendessem o que é ser oposição e o que é ser base de governo. Apanharam muito nas redes sociais e vão continuar apanhando”, ressalta.


Segundo Gelen Diniz, as críticas direcionadas aos deputados governistas nas redes sociais, “significa que a população está atenta. Sempre deixei claro que se a oposição entender de entrar com mandado de segurança, eu irei fazer. Ainda vamos nos reunir para decidir se vamos ou não ao TJ para garantir a instalação desta CPI. Na hora que isso acontecer a oposição diz que a Mesa diretora não representa mais oito deputados”, afirma o autor da proposta de CPI.


Progressista informa na tribuna que o bloco de oposição “está dizendo que este bloco vai brigar pela direção da Casa. Aqueles que votam contra têm suas razões, mas esta desculpa que a CPI não dá em nada não pode justificar o posicionamento contra a investigação. Respeito todos, sempre respeitei, nunca tive nada contra nenhum. As palavras proferidas pela base não tem significado nenhum para mim”, finaliza Gerlen, sem esclarecer o acordo de cavalheiros.


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