Reunidos no hall da Casa da Cidadania, unidade do Ministério Público do Estado do Acre, a deputada federal Érika Kokai (PT-DF), conversou com aproximadamente 30 profissionais das áreas de saúde, cidadania, criança e adolescente e atendimento terapêutico sobre o panorama das discussões sobregênero, direitos humanos e LGBT como causa em defesa da vida e da dignidade humana.
Na ocasião, a deputada falou, essencialmente, sobre o impacto do consumo e dos ideários capitalistas na formação das lógicas que permeiam a sociedade. “Aqui tem o bem e aqui tem o mal, mas entre o bem e o mal há uma série de expressões, sentimentos e comportamentos que não podem ser caracterizados como bem ou mal, assim como existe um anoitecer e um amanhecer que não são nem noite, nem dia, mas fazem parte da nossa vida”, discorreu a deputada.
O evento contou com a presença do procurador-geral de Justiça, Oswaldo D´Albuquerque Lima Neto, dos procuradores Carlos Roberto Maia e Patrícia Rêgo, de promotores de Justiça, psicólogos, profissionais da saúde e de acolhimento ao cidadão do MPAC, e do deputado federal Raimundo Angelim (PT-AC).
“Nós [membros e servidores do MPAC] tivemos a oportunidade de ouvir as experiências de uma profissional que milita na área de defesa dos direitos humanos há muitos anos. Precisamos dar uma pausa, refletir a cerca da problemática, repensar valores e agir”, avalia a coordenadora do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), do MPAC, procuradora de Justiça Patrícia Rêgo.
O fundamentalismo na sociedade
Para a deputada a construção do fundamentalismo na sociedade se reflete na própria câmara e é uma reação as conquistas sociais dos últimos tempos. “Eu penso que esse fundamentalismo se organiza em reação ao avanço de determinados direitos e da mesma forma há uma reação da sociedade em nome da liberdade”, destacou.
Entretanto Erika Kokay se mostra otimista em sua visão de futuro. “Eu sempre acredito na humanidade e que a democracia vai prevalecer, pois estamos com a dimensão exata do que vai acontecer e criando instrumentos para superar essa fase”, concluiu.
O procurador-geral de Justiça reafirmou as prioridades do MPAC com os temas em discussão, refletido nos esforços para implantação de núcleos como Núcleo de Apoio ao Atendimento Psicossocial em Dependência Química (Natera) e o Centro de Atendimento à Vítima (CAV). “Nós estamos investindo naquilo que a constituição nos incumbiu de fazer, que é a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis”.
Ao final da roda de conversa, o procurador-geral de Justiça conduziu os deputados a uma visita nas instalações do Centro de Atendimento a Vítima, que deve atender vítimas de crimes sexuais, homofóbicos, violência doméstica e familiar e, especialmente, aquelas revitimizadas, além de seus familiares.
Texto: Eduardo Duarte – Agência de Notícias do MPAC
Fotos: Tiago Teles
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