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Temer se fortalece

O país reage, ainda que de forma muito tímida, sob o governo de Michel Temer (PMDB). Previsões modestas do aumento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2016 e a reação de setores da indústria que pareciam destinados a ruir junto com a economia são indícios de que a crise pode ser vencida em médio prazo.


Ressalte-se que Temer tem pouco mais de um mês de governo, cuja interinidade chegou a se cristalizar no imaginário dos desafetos com as denúncias que derrubaram ministros. Mas a disposição do empresariado em relação às metas econômicas adotadas pelo presidente, aliadas à reação imediata de setores estratégicos, aponta que o governo está no rumo da consolidação.


A aprovação das medidas que atenuam as cobranças das dívidas dos Estados dará condições para que estes se recuperem neste momento de crise. Trata-se de uma sinalização feita por Temer de que a União não pretende mais continuar vivendo na bonança em detrimento do arrocho imposto aos Estados e municípios, que empobreceram.


O efeito que a política desastrosa da presidente afastada causou à economia sofre o movimento inverso decorrente das metas estabelecidas para a economia brasileira nos próximos anos.


Em apoio a essa inversão, que necessita agora de um voto de confiança dos maiores representantes do PIB nacional, Temer evita falar em aumento de impostos – o tema preferido do governo petista nos últimos tempos.


Assim, o governo interino sinaliza que sua intenção de recuperar o país é mais do que arroubo momentâneo.


Tanto o acordo que beneficiou os Estados devedores, quanto a reação – ainda que tênue, frisemos – de parte do setor produtivo apontam a dificuldade que terá Dilma Rousseff e os aliados no Congresso Nacional de reverterem o impeachment.


Não é segredo para ninguém que Dilma perdeu a capacidade de governar após distanciar-se das forças políticas antes tão apaziguadas pelos acordos espúrios que contribuíram com a bancarrota do país.


Sem as condições mínimas de fazer em longo prazo o que Temer fez em pouco mais de um mês, Dilma parece, cada vez mais, a carta fora do baralho que ela preconizou antes da votação do afastamento na Câmara.


Quanto ao PT e demais partidos que pedem a volta da presidente, resta-lhes morrer abraçados ao discurso monotemático de que foram vítimas de um golpe e que o governo Temer se sustenta sobre a ilegitimidade.


É um desfecho trágico para os que se achavam donos do Brasil.


 


 


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