Ao menos cinco ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência (Samu) e do Hospital de Emergência de Rio Branco (Huerb) estão abandonadas num pátio da Secretaria de Estado de Saúde, no bairro Aviário, em Rio Branco. A denúncia foi feita por um servidor da pasta, que prefere ter o nome mantido em sigilo.
Em nota, a Secretaria confirmou que os veículos estão quebrados, mas garantiu que não foram abandonados e que aguardam reposição de peças e a execução de serviços de manutenção, o que não estaria afetando a realização dos atendimentos solicitados via 192.
“Isso aí é uma vergonha. Uma ambulância dessa custa caro para ser abandonada dessa forma. Isso já está acontecendo há vários meses e ninguém faz nada. A empresa de manutenção ia até mudar. Esses dias eles estavam loucos atrás de uma ambulância e não tinha em canto nenhum disponível”, comenta o servidor da Secretaria de Saúde.
Na semana passada, o ac24horas contou que o Semu em Cruzeiro do Sul deixou de atender uma ocorrência porque a ambulância da cidade estava quebrada. A mulher que precisava de socorro, Raimunda dos Santos da Conceição, de 52 anos de idade, sofre com problemas cardíacos e corria risco de morte, segundo contou um dos filhos.
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“A minha pergunta é a seguinte: o que a chefe do Samu faz que não vê essa situação? Gestor de verdade não permite que veículos fiquem assim, quebrados. Se estão é porque não tem a gestão necessária. Os servidores do Samu também sofre porque falta material, mas quem sofre mais é a população, sem as ambulâncias”, finaliza.
*Atualização, às 13h04:* Após a publicação da denúncia, a reportagem foi informada que três ambulâncias com a tarja vermelha, de propriedade do Samu, não serão mais consertadas. As demais, contudo, fazem parte de outro contrato com a empresa que fornece os serviços de manutenção e reposição de peças. Segundo apurado, as demais viaturas de socorro são propriedade da Secretaria de Saúde do Acre. Fontes ligadas ao portal informaram também que com a publicação da matéria já existe ordem para os veículos sejam retirados do local em que foram fotografados. Todos devem ser levados para um pátio nas proximidades do presídio da Capital.
