Um homem morreu nesta quarta-feira, 22, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Franco Silva, que fica no bairro Sobral, em Rio Branco. Ele passou mal no Restaurante Popular, ao lado do hospital, mas quando os populares foram à unidade de saúde em busca de ajuda, os médicos se negaram a deixar o consultório para atender o trabalhador.
A situação deixou os pacientes e moradores da região revoltados com o que chamam de “descaso”. Segundo apurado, o homem caiu ainda com vida, e agonizou por alguns minutos. Aparentemente ele estaria engasgado. “O segurança foi lá [na UPA] e chamou [o médico]; as meninas foram, eu também fui, e falaram que não podiam fazer nada, nem vir aqui”, denuncia.
Uma outra mulher, que também acompanhou o momento em que o socorro médico foi negado, diz que está “muito revoltada, porque se o médico tivesse vindo ele ainda estaria vivo. Quando ele estava ficando roxo o rapaz já foi lá e pediu ajuda. Até o Samu chegar, ele já morreu”, relata.
A situação, segundo o médico Glauber Lucena, diretor Assistencial da unidade, seguiu o protocolo e não fere nenhuma regra. Conta o médico que nenhum profissional pode se ausentar da unidade para atender pacientes que passem mal fora da UPA.
“Esse paciente teve um mal súbito e teve vômito, com mal estar geral. A população veio até a UPA, mas o profissional não pode sair para atender. Quando trouxeram o paciente, ele já estava em óbito. A orientação é a gente não se ausentar. Isso descaracteriza a função do profissional da UPA. Isso é uma norma regimental, não é porque a gente não queria”, justifica o médico.
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