Os candidatos a vices representam problemas para poucos votos

As eleições municipais estão esquentando. E um dos principais problemas que se apresenta nesse estágio das formações de chapas é a escolha dos candidatos a vices prefeitos. São muitos os que desejam as vagas e poucos os escolhidos. Na realidade, os vices representam pouco ganho real para as chapas majoritárias. Se não fosse assim, aqueles que pretendem comporem ao lado dos candidatos a prefeitos, seriam eles mesmos os candidatos. Ou não? Um caso emblemático que gerou muita polêmica foi a escolha (ainda não oficial) da professora Socorro Nery (PSB). Ela era até pouco tempo a candidata do PSDB à prefeitura da Capital. Mas deve ter sentido que a sua candidatura não teria chances reais de vitória. Senão não teria sentido ter feito uma mudança tão radical e se contentar em ser coadjuvante. Essa história que não teve apoio dos tucanos não condiz com a realidade. Outro caso que pode se consignar é o provável vice de Bocalom (DEM). Pelo movimento poderá ser o candidato do PSDB, Francineudo Costa. Outro que não decolou nas pesquisas e pode ser encaixado na chapa majoritária como prêmio de consolação. Por outro lado, Eliane Sinhasique (PMDB) poderá ter como vice o ex-vereador Alyson Bestene (PP) como forma de garantir o apoio do PP do senador Gladson Cameli (PP) à sua candidatura. Mas nem Socorro, Francineudo ou Alysson garantirão a vitória de nenhum dos candidatos.

Campeão de vices
Em Cruzeiro do Sul um caso notável de candidato a vice. Mazinho Santiago foi o suplente do então prefeito César Messias (PSB) e, atualmente é de Vagner Sales (PMDB). Além disso, tentou ser o vice de Henrique Afonso (PSDB) na eleição que perdeu para prefeito de Cruzeiro do Sul, em 2004.

Medo de ser feliz
Recebi uma comunicação do ex-deputado Edvaldo Magalhães (PC do B) sobre a postura do seu partido na eleição municipal. Acho que os comunistas não têm nada a justificar. Perderam a vaga de vice em Rio Branco, negociaram bem e terão um deputado federal em Brasília. Isso faz parte do jogo democrático.

No Congresso
Confirmado. Dia 1 de julho, Moisés Diniz (PC do B) assumirá a cadeira de deputado federal pelo Acre. Uma troca muito vantajosa para os comunistas. Um federal poderá liberar recursos aos municípios e opinar na política nacional. E um vice?

Puxando a fila
Existe ainda uma tentativa para que a ex-deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) seja candidata a vereadora. Seria a puxadora de votos para os candidatos do partido na Capital. O certo é que Perpétua não assumirá nenhum cargo no Governo ficando livre para fazer política.

Mais pra lá do que pra cá
O PSDC de 18 municípios acreanos vai estar em 15 com candidatos às prefeituras de oposição. A tendência é que marche com o PT em apenas três. Isso mostra uma independência do partido. E também que seu presidente, deputado estadual Éber Machado (PSDC), está respeitando as decisões dos diretórios municipais.

Mais do mesmo
Na Capital, a tendência do PSDC, como já anunciado pela coluna, por diversas vezes,  é seguir com Marcus Alexandre (PT). Mas o martelo ainda não foi batido. O assunto ainda está em pauta no diretório de Rio Branco. A decisão sai por esses dias.

Entre a cruz e a espada
Éber Machado vai seguir a decisão da maioria dos filiados da Capital. Mas já me adiantou que não voltará para a base governista do PT na ALEAC. Continuará mantendo a independência de votar e discursar de acordo com as suas convicções.

Peregrinação
A pré-candidata do PMDB à prefeitura de Rio Branco, Eliane Sinhasique cumpriu uma verdadeira peregrinação em Brasília, na semana passada. Além de estar com o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) cumpriu agenda com Moreira Franco, ministro do Programa de Parcerias e Investimentos, Gedel Vieira, secretário de governo, Omar Terra, Ministro do Desenvolvimento e Reforma Agrária e com a secretária da mulher Fátima Pelaes.

Adversária escolhida
Os movimentos mais recentes da política apontam para uma polarização da disputa em Rio Branco entre Marcus Alexandre e Eliane Sinhasique. Isso pode fazer com que outras candidaturas de oposição desidratem durante a campanha.

A volta dos que não foram
Numa reunião que aconteceu no final de semana em Cruzeiro do Sul o deputado federal César Messias (PSB) apresentou a delegada Carla Ivani (PSB) como sua candidata. Parece que César realmente desistiu de concorrer à prefeitura, apesar de vontade não lhe faltar.

O quê fazer?
Quero ver como vão convencer o deputado estadual Josa da Farmácia (PTN) a aceitar o fato sem reclamar. Josa já tinha até conseguido fornecedores para comprar material de campanha. Estava muito animado em ser candidato.

Polarização na oposição
Acredito que haverá uma disputa forte em Cruzeiro do Sul entre os candidatos Ilderlei Cordeiro (PMDB) e Henrique Afonso (PSDB). Acho difícil o povo bairrista do município comprar a ideia do “novo” da FPA. Mas como em política tudo pode acontecer…

Tese do “Novo”
Quem articulou e defendeu a candidatura de Carla Ivani em Cruzeiro do Sul foi o coordenador de Governo do PT no Juruá, ex-prefeito Itamar de Sá (PT). Ele acredita que uma candidatura que vem de fora da política tradicional pode ser bem aceita pela população. Se a tese será aceita pelos eleitores só o tempo dirá.

Tempos bicudos
Essa questão da liberação dos recursos para a conclusão do Shopping Popular de Rio Branco está sendo politizada. Seja Temer (PMDB) ou Dilma (PT) na presidência o fato é que o país atravessa uma crise econômica severa. Não está fácil liberar recursos. Isso não tem nada a ver com eleição municipal. Se não fosse assim a presidente afastada Dilma já teria liberado todo o dinheiro. Se não liberou é por conta do momento. Agora, alegar que isso é um jogo eleitoral beira o absurdo. Os eleitores de Rio Branco vão escolher o novo prefeito de acordo com as suas propostas e capacidade de gestão. Claro que depois desse furacão na política nacional a questão ideológica também terá peso. Mas o jogo não é tão explícito como alguns querem fazer parecer.