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A Escolha de Socorro

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Por Luiz Calixto


Até a ex-oposicionista Socorro Neri deve estar encabulada, e sem dormir, tentando descobrir os motivos superiores que levaram o governador Tião Viana e seus conselheiros, entre os quais Narciso Mendes, para lhe impor como candidata a vice na reeleição do prefeito Marcos Alexandre.


Votos para desequilibrar o apertado jogo em favor da situação ela nunca provou tê-los.

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Grupo político forte do qual ela seja uma integrante com destacada liderança capaz de fazer um simples bandeiraço, se este existe ninguém o conhece.


Sua participação como candidata ocorreu em 1992, quando obteve 507 votos para vereadora pelo PMDB.


Então, movidos por quais interesses os enviados do governador foram cooptá-la ao ponto de fazê-la desistir sorrateiramente de uma pré-candidatura por um partido de oposição?


Eis o primeiro mistério que atormenta a caixola de petistas e tucanos: Socorro lavou o PSDB porque foi cooptada pelo PT ou foi assediada pelo PT porque abandonou o PSDB?


Rocha e ex Marcio Bittar,  padrinhos políticos dela, ainda estão no chão, tontos com a rasteira.


Segundo os companheiros mais enfezados a escolha é uma birra pessoal de Tião Viana.


Sem mais, nem menos, o PCdoB, um aliado de longa data, foi comunicado por meio de notinhas na imprensa que a legitima reeleição de Marcio Batista fora abortada para garantir a janela do ônibus para noviça Socorro Neri.


O povo acreano ficaria muito grato se, ao menos, soubesse o custo da fatura para adoçar e calar boca dos camaradas comunistas.


Se o posto de vice em uma chapa é um elemento de composição partidária, com sua decisão o governador demonstrou que a Frente Popular há muito tempo entrou em estado de decomposição: a penca de partidos que orbitam o palácio governamental em troca das famosas “boquinhas” sequer fora informada antecipadamente de sua  decisão.


Na carta na qual justificou sua desistência,  Socorrinha alegou as surradas “razões alheias à sua vontade”, não deixando passar em branco que mesmo abdicando da pré-candidatura ela se somaria “ a todos aqueles que são movidos pela convicção de que “é possível conciliar política com honra, moral e mudança”.


Se Socorro quer verdadeiramente  essa conciliação sua honra e sua moral foram atracadas no caís errado, pois o PT é o antônimo do tripé “honra, moral e mudança”


Mas, de fato, o que importa é que ela chegou na Frente Popular em alto estilo no lugar de vice e com o doce sabor de tomar a vaga ocupada  pelo  PCdoB desde os tempos de Angelim.

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Por quanto tempo o mistério da escolha de Socorro permanecerá em segredo?


A tarefa mais difícil que ela terá de enfrentar é “desdizer” o que dissera sobre as administrações petistas.


*Calixto é servidor público e e ex-deputado estadual.


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