O governador Tião Viana tem adotado o pragmatismo político nesta eleição municipal. Sabe que o PT vive um de seus piores momentos na opinião pública e com reflexos negativos diretos na imagem do seu governo, se completando com uma grave crise econômica. Para contrapor a este contexto negativo, o governante acabou com as chapas petistas “puro-sangue” na disputa das prefeituras, fazendo composições na base do ditado “vão-se os anéis e ficam os dedos”, obrigado pelas circunstâncias. Abdicou do PT lançar candidatos às prefeituras de Cruzeiro do Sul, Assis Brasil, Plácido de Castro e Capixaba para beneficiar as candidaturas dos aliados a prefeito. Isso jamais ocorreria se o PT estivesse em alta. Se isso será suficiente para amenizar a imagem negativa do seu partido na população e sair desta eleição com a maioria dos prefeitos sendo da FPA, isso é lá com o eleitorado. Mas não restava ao Tião outra pedra a mexer que não fosse o recuo estratégico do PT. Ou recuava ou sairia menor do que vai entrar na eleição. Não tinha um alternativa política melhor no atual momento de crise do seu partido.
Anote no seu caderno
Mesmo liderando todas as pesquisas o candidato a prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores (PSB) será rifado. O deputado federal César Messias (PSB) será chamado na cúpula palaciana para ouvir que, a cabeça de chapa terá que ser do petista Marcos Fernandes. Tião Flores: você dançou na sua candidatura. E a direção regional do seu partido jamais trombará com o PT.
Argumentos a serem usados
Dois argumentos serão usados na conversa, a ser comandada pelo governador: que Tião Flores (PSB) tem uma chapa de apenas seis candidatos a vereador contra mais de trinta de Marcos Fernandes, e os próprios candidatos do PSB, com temor de não se elegerem, querem a aliança.
Antas, capivaras e carrapatos
Escrevi uma nota destacando o poder de negociação do Edvaldo Magalhães. Usei a linguagem figurada que, em troca de perder o espaço da vice na chapa do Marcus Alexandre “chuparia até o tutano do PT”. Não sei se uma anta ou uma capivara. Tanto faz. Ambas são hospedeiras de carrapatos, não entendeu e encheu-se de dedos. Jogo na vala dos bajuladores anônimos.
Porta errada
Bateram na porta errada, não estou no time da imprensa dos bajuladores oficiais e sou do debate aberto. Só que gostaria de debater com o dono e amestrador da anta ou da capivara, mas sem carrapatos. Estamos entendidos? Que fique isso bem claro. E ponto final.
Praticamente decidido
A decisão é do governador Tião Viana, o ex-vereador Zemar (PRB) será mesmo o vice na chapa da candidata à prefeitura de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT). Não era o vice dos sonhos da Fernanda. Nem tampouco do grupo da deputada Leila Galvão (PT). Não esperem reação.
Um recado direto
E na reunião que se decidiu que o vice será o ex-vereador Zemar (PRB), o Tião Viana deu um recado direto à candidata Fernanda Hassem (PT), ao comentar que todo prefeito deve dar “duas secretarias” ao seu vice para governar com tranqüilidade. Falta combinar com o eleitor.
Vira uma brincadeira
Quando a oposição se reúne pela primeira vez para discutir e buscar uma unidade em candidaturas para as prefeituras chega a se pensar que é uma coisa séria. No momento em que os partidos que têm prefeitos se recusam a discutir outras opções, vira uma brincadeira.
Se arrependimento mata-se
A direção regional do PRB não se posiciona oficialmente. Só que, a coluna tem a informação de que há um misto de descontentamento e sentimento de revolta dos seus membros da direção, com a manobra do deputado federal Alan Rick (PRB) para assumir a presidência do partido.
Questão decidida
O vereador e presidente do PRB, vereador Manoel Marcos, não conseguiu entender ainda que, na política não existe uma palavra mais volúvel do que lealdade, na política prevalece a conveniência, o jogo de interesses pessoais, o resto é apenas uma mera liturgia para a platéia.
Fora do dicionário
Está fora do dicionário do ex-prefeito Tião Bocalon (DEM) de abrir mão da candidatura para a prefeitura de Rio Branco. No momento é incentivado pelo PR, PTC, PSC, PEN, mas a sua expectativa é que terá ainda o PRB, PSD e PSDB. Os números das pesquisas é que dirão.
Correndo contra o tempo
A oposição acordou que fará duas pesquisas para definir se sairá com uma ou mais de uma candidatura a prefeito da Capital. A primeira será no fim deste mês e outra até 20 de julho. É que a partir de 20 de julho começam as convenções municipais para homologar os candidatos.
Campanha de tiro curto
A oposição não pode ficar em reunião atrás de reunião porque o último dia de convenção municipal será dia 5 de agosto e esta será uma campanha de tiro curto com 45 dias de duração. A tendência natural é que a oposição não consiga fechar na candidatura única.
Pijama de aposentado
O candidato a prefeito de Epitaciolândia pelo PT, Marcos Fernandes, vem de duas derrotas seguidas na disputa daquela prefeitura. Se perder esta, ele vira tri e é melhor se aposentar.
Mais um na multidão
O Moisés Diniz (PCdoB) foi um dos melhores deputados estaduais da última legislatura. Caso venha assumir a vaga de deputado federal, dentro de uma composição de dar uma chupeta para o PCdoB, com certeza será na Câmara Federal mais um anônimo na multidão.
Fora do anonimato
O único deputado federal da bancada acreana que conseguiu sair do anonimato e participar diretamente das grandes decisões nacionais foi o deputado federal Léo de Brito (PT), que integrou a Comissão de Ética que recomendou a cassação de Eduardo Cunha (PMDB).
Melhor que fique por aqui
Não poderia acontecer algo melhor para o deputado federal Sibá Machado (PT) do que a sua vinda para ser secretário estadual, a sua passagem em Brasília tem sido de um mico nacional atrás do outro.
Quadro ampliado
Carlos Vale (DEM), Mano Rufino (PSB), Charlene Lima (PV), Mazinho Serafim (PMDB) e Toinha Vieira (PSDB). É este o quadro de candidatos que disputará a prefeitura de Sena Madureira.
Só vier como vice
O candidato do PMDB a prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (PMDB), descartou qualquer possibilidade de uma aliança com o grupo da candidata Toinha Vieira (PSDB) que não seja o dela vir para ser vice. “Fora disso não tem acerto”, é o que tem dito.
Polarização provável
Em Xapuri a provável polarização pela disputa da prefeitura deverá ser entre o candidato do PT, o ex-prefeito Bira Vasconcelos, e o novato Ailson Mendonça (DEM), considerado como um nome cuja chance de sucesso não deve ser desprezada em hipótese alguma. Representa o novo.
Continua com a convicção
O deputado Jairo Carvalho (PSD) continua com a convicção de que a eleição para a prefeitura de Senador Guiomard deverá ser disputada entre Jorge Catalan (PP) e André Maia (PSD). Tenho dito e repetido que o Catalan está sim na disputa, por ter a máquina municipal.
Vereador atuante
O candidato a prefeito de Tarauacá, Edmar Rodrigues (PR) foi um dos melhores vereadores do município. É de fácil comunicação. A questão é que, naquele município, a oposição terá três candidaturas à prefeitura, o que favorecerá o prefeito Rodrigo Damasceno (PT).
Em hipótese alguma
Conversei no feriado com um velho peemedebista e ainda atuante. Na sua visão não há hipótese alguma do PMDB retirar a candidatura da deputada Eliane Sinhasique (PMDB) para a PMRB. As pesquisas internas, segundo ele, mostram o nome da Sinhasique em crescente.
Além do muro
O PT tem a sorte de ter nesta eleição um candidato, cuja a simpatia não está restrita aos muros petistas. Marcus Alexandre é um nome que hoje forjou uma imagem de ser um bom administrador. Os oposicionistas equilibrados o reconhecem como um osso duro de roer.
Ainda tem este ponto a favor
E Marcus Alexandre ainda tem um ponto a seu favor que é do PMDB, que deve ser seu principal adversário, estar tão enrolado na “Lava-Jato” como os petistas. Um anula o outro.
Sem acordo de mão na cabeça
Prefeitos do interior bem que tentaram que o Tribunal de Contas do Estado colocasse uma venda e amaciasse a fiscalização às prefeituras, sob o argumento que não dá para seguir algumas regras legais com uma economia instável. O que se vê é prefeito reclamando do “rigor” do TCE. Seria um acordo imoral, cada prefeito que se ajuste ao momento da economia e reduza os seus gastos com pessoal. O TCE jamais entraria num acordo espúrio, porque prevaricaria. A previsão é que 90% dos atuais prefeitos estão com problemas no tribunal e que se não conseguirem superar se tornarão inelegíveis pela “Lei da Ficha Limpa”.
Economia do contracheque
Não há nada a comemorar na economia acreana no aniversário do Estado. Somos um Estado sem indústrias, uma agricultura incipiente, uma massa de desempregados, enfim, continuamos a ser uma economia do contracheque, que vive orbitando mensalmente em torno do pagamento dos servidores públicos estaduais e municipais. O maior empregador continua sendo o governo e as prefeituras. Mas todos abarrotados. No limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. E com a crise na economia nacional, não uma luz no fim do túnel a um curto prazo.
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