A informação vem de um petista estrelado. A coluna acertou que o suplente Moisés Diniz (PC do B) deverá assumir o mandato de deputado federal como compensação pela perda da vice de Marcus Alexandre (PT), em Rio Branco. Mas não será César Messias (PSB) quem irá abrir para o comunista. Apesar de não haver confirmação, tudo leva a crer que o deputado federal Sibá Machado (PT) poderá trilhar novos caminhos na sua carreira política no Acre. Seria uma maneira de tirar o parlamentar do olho do furacão político em que tem se exposto bastante. A outra alternativa especulativa seria o deputado federal Raimundo Angelim (PT), que tem feito um mandato apagado. Mas nada confirmado. O fato é que o PT abrirá mão de uma das suas vagas da bancada federal acreana para beneficiar os comunistas. Essa negociação tem a cara do governador Tião Viana (PT), que quer contemplar a todos.
Preço alto
Essas manobras estão acontecendo nos bastidores por conta da indicação da professora Socorro Nery (PSB), que veio do PSDB, ser a vice na Capital. O PC do B terá ainda mais três ou quatro candidaturas a prefeito no interior com o apoio do PT que retirou os seus pretendentes.
Descontentes
Alguns petistas não estão nada satisfeitos com o impulso que os comunistas estão recebendo da FPA. Abrir mão de uma vice na Capital é muito pouco para receber tantas vantagens, segundo me disseram. O fato é que o PT está pavimentando uma nova estrada para os “camaradas”.
Bom negócio
Podem gostar ou não do ex-deputado Edvaldo Magalhães (PC do B), mas a sua capacidade de negociação é inegável. Segundo o que me informaram Edvaldo e o deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) foram os artificies dessa negociação que está se tornado bem vantajosa para o PC do B.
E tem mais mimos
O PC do B, se Marcus Alexandre vencer a eleição, terá além da Secretaria Municipal de Educação, mais uma. A verdade é que os comunistas se deram muito bem. Deixar a vice numa eleição que está longe de ser resolvida para ter um deputado federal é um negócio da China.
Chupando o dedo
Saber negociar é essencial para um partido político. Enquanto o PC do B está transformando uma derrota em vitória os “nanicos” sairão chupando o dedo. Só conseguirão mesmo as migalhas que caem da mesa com cargos de segundo e terceiro escalão, dependendo ainda do resultado na Capital.
Vitória só nas urnas
Esse mantra de que uma eleição em dois turnos na Capital só beneficia o PT é conversa de derrotado por antecedência. A oposição que alega a “compra” de votos nunca provou nada. Agora, se existe a desconfiança que acionem o Ministério Público Eleitoral no segundo turno, caso aconteça.
Outros tempos
As vacas estarão magras nessa eleição. Vai vencer o segundo turno quem souber negociar aliados. Com tantos escândalos de corrupção qualquer movimento em falso durante as campanhas poderá ser denunciado. As investigações serão mais efetivas por parte da Polícia Federal. Então quem quiser vencer que trabalhe e não fique reclamando antes do tempo.
Muito pouco
Um leitor da coluna de Cruzeiro do Sul me enviou um email confirmando que o candidato a prefeitura Ilderlei Cordeiro (PMDB) negociou bastante com Henrique Afonso (PSDB) pela unidade. Mas segundo o leitor ofereceram apenas uma secretaria municipal, em caso de vitória, aos tucanos.
Vice consolidado
Não há como tirar o vice da chapa do PMDB, em Cruzeiro, Zequinha Lima (PP). O ex-vereador é apoiado pelo senador Gladson Cameli (PP), uma das figuras essenciais para uma “possível” vitória da chapa nas eleições. Quem vai querer ter o senador indiferente na campanha?
Disputa antecipada
No caso de Cruzeiro do Sul as eleições municipais antecipam um jogo bem mais alto. Tanto o atual prefeito Vagner Sales (PMDB) quanto o deputado federal Major Rocha (PSDB) são candidatos ao Senado, em 2018. O desempenho dos seus candidatos à prefeitura valerá um “caminhão de milho” na próxima disputa.
Desenho do jogo
O PMDB e o PP deverão se aliar nas eleições municipais em Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. Enquanto o PSDB busca parceria com o seu tradicional aliado, o DEM, nesses mesmos municípios. Essas trajetórias parecem bem definidas.
Racha na FPA também
Em Mâncio Lima, o PT, o PC do B e o PROS vão sair rachados nas eleições com Isaac Lima (PT), Ériton Maia (PC do B) e Dêda (PROS). Em Sena, Charlene Lima (PV) e Mano Rufino (PSB) também dividem a FPA. O mesmo poderá acontecer no Bujari, Xapuri e Rodrigues Alves, com candidatos do PT, do PC do B e PROS.
A resolver
O PP e o PMDB precisam chegar a um acordo em quatro municípios, Porto Acre, Feijó, Brasiléia e Bujari. O mais fácil é Brasiléia onde o PMDB não tem candidatura consolidada. Também em Porto Acre e Feijó não é complicado. O problema será no Bujari em que o candidato Bessa (PMDB) é um aliado forte do deputado federal Flaviano Melo (PMDB).
Negociador
Depois de sair de maneira brusca da FPA, Osmir Lima (PSD), virou um negociador dentro da oposição. Está sentando à mesa com outros partidos em nome do presidente regional, senador Sérgio Petecão (PSD). Habilidade e experiência não faltam para Osmir.
Censura, não!
Há muito tempo que essa questão de direcionamento da imprensa do Acre está em pauta. Os veículos que vivem das verbas publicitárias dos governos do PT acabam praticando a autocensura com os seus profissionais. Não é preciso que ninguém do Governo diga a eles o que pode ser dito ou o que não pode. Os próprios empresários já sabem como a “banda toca” e agem por conta própria. O problema da censura é que atualmente a grande maioria dos leitores não é mais de jornais impressos e de televisões. Um ato repressivo contra um jornalista repercute muito mais nas redes sociais e nos sites independentes. Ou seja, aquilo que era para ser reprimido e ocultado acaba tendo uma repercussão muito maior. Não dá para calar ninguém em tempos de internet. Agora, o que acho uma aberração são pessoas ligadas ao PT que consideram o atual governo de Michel Temer (PMDB) um “golpe” contra a democracia praticarem descaradamente a censura contra profissionais da imprensa através da pressão aos empresários donos dos veículos. Afinal, censura é um instrumento da ditadura e não da democracia. Ou não?
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