Escolha do candidato a vice da chapa do PT quase acaba em peia

O que era para ser uma reunião para se chegar a um consenso sobre a escolha do nome a vice da candidata a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), quase termina em pancadaria na noite de ontem. A discussão que, a princípio começou calma, virou uma grande confusão. Os cinco candidatos à vaga, Zemar (PRB), Lacerda (PCdoB), professor Eduardo (PDT), Jonas (PROS) e Carlinhos do Pelado (PSB) no curso da reunião não se entenderam sobre os critérios e partiram para a briga, sendo contidos pelos presentes. A reunião, que começou às 16 horas acabou às 19 horas entre gritos, palavrões e ameaças de agressões físicas. A candidata Fernanda Hassem (PT), que manobra para ter como o seu vice o vereador e amigo da família, Carlinhos do Pelado (PSB), não estaria querendo aceitar outro nome. Foi marcado um novo encontro para a próxima segunda-feira, mas Zemar, de todos os postulantes o que tem mais votos pessoais, saiu aos gritos dizendo que não participaria e a partir daquele momento estava fora da FPA, por suposta orientação do deputado federal Alan Rick (PRB), que estava na cidade.

Bestene nega imposição e diz que PMDB é guloso
Revoltado com a notícia que saiu de dentro do PMDB, de que estaria impondo seu sobrinho Alisson Bestene (PP) para vice, o dirigente do PP, José Bestene, disparou ontem em conversa com o colunista: “é uma mentira deslavada, na reunião que tive no PMDB em nenhum momento citei o nome do Alisson Bestene para vice, desafio que me apresentem uma testemunha que falei em nomes”. Para José Bestene (foto), o que acontece é que o PMDB é guloso: “não já tem os candidatos a prefeito dos dois maiores colégios eleitorais, Cruzeiro do Sul e Rio Branco, o que querem mais?”. A gula do PMDB está quebrando alianças no interior e pode favorecer os candidatos do PT. Citou os casos de Porto Acre, onde o PMDB lançou Pedro Abílio para prefeito para atrapalhar Daniel Nogueira (PP), lançou o Francisco Bessa para atrapalhar a candidata Zilmar Rocha (PP), no Bujari; e o Pelé Campos para atrapalhar o Kieffe (PP), em Feijó. “Nenhum dos candidatos lançados pelo PMDB tem chance de ganhar, mas podem tirar a eleições dos candidatos do PP, que são favoritos, e com a cizânia ganhar o PT”, prevê Bestene. “O PMDB não quer negociar as chapas no interior e quer empurrar o vice na chapa da Capital, sem nenhuma discussão ou critério”, reclama Bestene, que não aceita.

Reclamação idêntica
Reclamação igual fez o presidente do PSDB, Major Rocha, na coluna, condenando a gulodice do PMDB, que não aceita discutir suas candidaturas nos municípios para uma composição, e quer que o resto da oposição venha pelo beiço apoiar Eliane Sinhasique (PMDB) à PMRB.

Duas constatações
Que a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) é quem melhor está posicionada na oposição para disputar a prefeitura da Capital é uma constatação. Mas também é uma constatação que, sem os demais partidos da oposição, não derrota Marcus Alexandre (PT), as pesquisas mostram.

Não dá para entender
Se o PMDB entrar na disputa da prefeitura de Rio Branco isolado, é mínima a sua chance de vencer. Mesmo com a imagem do PT no fundo do poço. E é por isso que não se entende a empáfia, o rei na barriga, que tomou conta da experiente cúpula do PMDB.

Fora do processo
A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) me disse ontem quem, a partir de agora ela e o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) estarão fora do processo de discussão sobre montagem de chapas majoritárias para a eleição municipal e de discussão de alianças.

O Flaviano Melo é esperto….
Foi o PSDB e o PP dispararem contra ele, que num piscar de olho o deputado federal Flaviano Melo (PMDB) saiu de cena e transferiu a discussão sobre a sucessão para o andar de baixo. Tratou de sair do desgaste do olho do furacão. O Flaviano é esperto……….

Completamente descartada
O dirigente do PCdoB, Edvaldo Magalhães, descarta a possibilidade da ex-deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) ganhar a secretaria estadual de Educação, como compensação pela perda da vice na chapa do Marcus Alexandre e diz que trabalha outros cenários.

O Petecão esteve do outro lado
O senador Sérgio Petecão (PSD) continua a ser o único na oposição que continua na luta por uma candidatura única a prefeito da Capital. O Petecão esteve do outro lado, sabe como age o PT na campanha e quanto pesa a máquina do governo e da prefeitura. É o único com lucidez.

Observação pertinente
O ex-deputado José Bestene (PP) faz uma observação pertinente sobre o PMDB: “não estão com candidatos a prefeito dos dois maiores colégios eleitorais do Acre, querem mais o que”?.

Violência numa crescente
Está passando da hora do governador Tião Viana reunir toda a cúpula da Segurança para traçar um plano ousado de combate à violência em Rio Branco. Só na última sexta-feira teriam sido 10 assaltos. Sem falar no que foi vítima um Coronel do Corpo de Bombeiros. Passou do limite.

Pautas positivas
A entrada do deputado Lourival Marques na SEAPROF deu uma boa sacudida no setor. Não que tenha dado um salto ao setor agrícola, mas pelo menos cria pautas positivas ao governo.

Governos atrapalhados
Pensei que só o governo Dilma era um governo atrapalhado, o do presidente Michel Temer (PMDB) não fica atrás, quase todo dia muda um ministro. Não deveria nem ter escolhido quem estivesse com o seu nome na “Vala-Jato”, ainda que fosse como suspeito.

Fechado em copas
O PCdoB se fechou em copas depois de perder o espaço de vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre. Seus dirigentes vão ficar alguns dias chateados, mas depois vão aparecer na mídia dizendo que, em nome da unidade da FPA estarão no mesmo palanque. Este filme eu já vi.

Comando de negociação
O PMDB formou um comando de negociação, integrado pelo ex-prefeito de Brasiléia, Aldemir Lopes, ex-deputado federal João Correia, prefeito Vagner Sales, Pádua Bruzugu e Serjão. Ficarão encarregados das discussões sobre a eleição com os outros dirigentes partidários.

Sem consenso
 Muitas opiniões, muitos apartes, mas não conseguiram enxergar uma luz no fim do túnel sobre candidatura única para a prefeitura de Rio Branco, na reunião acontecida ontem na sede do PR, com a presença dos representantes dos partidos de oposição.

Foi para buscar um consenso
O presidente do PHS, Manoel Roque, me ligou ontem para dizer que deu “carta branca” ao prefeito Marcus Alexandre para escolher um nome de consenso para vice, mas não avaliza o nome de Socorro Nery. “Estava até ontem como candidata a prefeita pelo PSDB, como vou aceitar?”. Por que não escolher um Pedro Longo, Tchê, Zen, Diego, que são da FPA? Indaga.

Questão de sobrevivência
Uma das mais importantes lideranças da oposição no Juruá garantiu à coluna que uma candidatura do deputado federal César Messias (PSB) para a prefeitura de Cruzeiro do Sul será benéfica: “levará fatalmente a oposição se unir, para lhe impor uma nova derrota”.

O desemprego em preto e branco
Mais de 20 mil pessoas se inscreveram no concurso da prefeitura da Capital, num retrato fiel de como anda o desemprego na cidade. Acrescentem a esse número os desempregados que não estavam no concurso por falta de qualificação e teremos um recorde dos sem emprego.

Trecho de fala de Márcio Bittar
“Se a executiva do meu partido faz agenda de pré-lançamento de candidatos (Ariston em Acrelândia) sem falar comigo ou pior, faz justamente em data que sabe que não estarei aqui, o que posso concluir? Se não for útil nos palanques do PSDB subo em outros. Afinal, quantas pessoas apoiaram o Bocalon no primeiro turno, mesmo o PSDB tendo candidato?”.

Alfinetada do Gonzaguinha
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) entrou na roda de discussão no ninho tucano e disparou: “não foi o Rocha quem marcou o lançamento da candidatura do Ariston a prefeito de Acrelândia, ninguém tem culpa se o Márcio Bittar mora em Brasília”.

Pano de fundo
Toda a discussão que a coluna já publicou envolvendo o deputado federal Major Rocha (PSDB) e o ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDM) tem como pano de fundo principal a briga pela ocupação de espaços, já que ambos querem disputar o Senado em 2018. É o cerne da questão.

Palavra mal empregada
O prefeito Marcus Alexandre diz que o nome de Socorro Nery para a vice na sua chapa “não foi referendado”. A dedução é que na pressa tenha dito a palavra errada ao repórter, o certo seria: “não foi aclamado”. Aclamação é o que irá acontecer dentro da FPA.

Valentes de bastidores
Não encontro com um dirigente de partido nanico que não venha disparando contra a escolha da Socorro Nery (PSB) para vice na chapa do prefeito Marcus Alexandre. São os chamados “valentes de bastidores”, diante da cúpula da FPA se borram, batem palmas e pedem bis.

Síndrome de grandeza
Um deputado oposição comentava ontem com a coluna a briga dentro da oposição sobre a candidatura única a prefeito da Capital. “O PMDB está com síndrome de grandeza, ainda acha que está no tempo que mandava e desmandava no Estado, não caiu na real que desabou”.

Volto a repetir
Com todo dirigente da oposição com o qual converso dá o deputado federal Alan Rick (PRB) com presidente do diretório regional do PRB em breve e certo para marchar com a oposição na eleição municipal. Repito: na primeira alternativa creio, na segunda duvido e muito.

Gato escaldado tem medo de água fria
O ex-prefeito Tião Bocalon (DEM), numa rápida conversa ontem, pincelou qual será o seu comportamento na eleição municipal: “sou candidato a prefeito de Rio Branco, isso está decidido, tenho costurado alianças, e a partir de agora vou cair em campo para o povo saber que sou candidato”. Bocalon descartou qualquer possibilidade de ser vice na chapa da deputada Eliane Sinhasique (PMDB) à PMRB. “Isso não existe. Quem inventou isso? Isso está fora de qualquer cogitação”, assegurou. Sobre a candidatura única à PMRB diz não ser contra, mas é assunto para se conversar em agosto, quando todas as campanhas estarão nas ruas. Defende a tese de que não basta ganhar a prefeitura da Capital, mas ganhar com um bom gestor. Descarta pesquisas como único balizador. Tem razão. Todas as pesquisas lhe davam com índices baixos e quase ganhou o governo e prefeitura. Gato escaldado tem medo de água fria.