Um bebê teria nascido com a cabeça amassada, neste sábado, dia 04, na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. A informação, repassada pelos familiares, confirma a quarta morte na unidade em menos de 10 dias. Em todos os quatro casos noticiados, os familiares denunciam o que classificam como “negligência” no atendimento.
A Direção da Maternidade negou, por meio de Nota Oficial, que tenha havido falha no atendimento da gestante. Diz ainda que repudia “qualquer tentativa de desqualificar a equipe que atua” na unidade de saúde. Além disso, explica que a criança já possuía um problema cardíaco que reduz consideravelmente as chances de vida do bebê.
“A médica pediatra que atendeu a mãe e a criança explicou que, por conta da cardiomegalia, as chances de sobrevivência do bebê eram praticamente nulas. (…) A equipe tentou reanimar a criança por várias vezes mas, devido à patologia, tornou-se inviável a manutenção da vida (…) [a grávida] teve uma gestação com complicações que incluíam pressão arterial alterada, fato que interferiu diretamente na formação do bebê.”, contestou.
Na contramão disso, a irmã da paciente, Danieli Ferreira, conta que em nenhum momento da gestação foi informado que a criança tinha algum problema de má formação cardíaca ou no crânio. “Era uma criança saudável, o médico sempre dizia para a minha irmã. Ela chegou lá no sábado e já estava com hemorragia, e ficou esperando por quase sete horas para que a levassem para o centro cirúrgico”, denuncia.
Ainda de acordo com Danieli, o parto só foi feito porque depois de o médico verificar os batimentos cardíacos da criança percebeu que ela já estava morrendo, e preocupou-se. “A situação estava tão complicada lá que quando acabou a cirurgia da minha irmã ela ficou foi lá dentro [do centro cirúrgico] mesmo, porque nem leito tinha. Se o médico não tivesse ido ver o coração do bebê, ele teria morrido antes do parto”, completa.
O pai da criança, Ronaleudo Lima, preferiu não gravar entrevista. Ela confirmou ao portal que a criança era saudável e que não tinha problemas como uma má formação. “Acho que quando fizeram o toque e disseram que iam ajustar a cabeça do bebê acabaram amassando e o bebê nasceu assim, com a cabeça amassada para trás, muito amassada. Ninguém lá achou normal. Nós queremos justiça”, finaliza.
Ainda em Nota, a Maternidade Bárbara Heliodora informou que colocou à disposição dos pais uma psicóloga que deve manter conversas com os pais. Todos os procedimentos tomados pelos profissionais, informa, são os orientados pelo Ministério da Saúde.
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