A nova secretaria de Habitação, Janaina Guedes , enfim, fez algo de prático e que a coluna vinha defendendo, anunciou ontem que será feita uma revisão rigorosa de todos os contratos dos imóveis entregues no programa “Minha Casa, Minha Vida”, com a checagem de dados junto às famílias que foram beneficiadas. Começou bem. A revisão de todos os contratos é de fato a única maneira de retornar a credibilidade do programa, um dos mais positivos na área estadual da atual administração estadual. Na atualidade, a imagem que ficou para os inscritos no programa é que não receberam até hoje as suas casas porque não pagaram propinas. As faixas exibidas ontem por acampados na Aleac, com dizeres como “Imobiliária SEHAB”, retrata muito bem o que pensa quem não tem teto. A nova secretária me passou boa impressão. Espera-se que seja rigorosa quando se tratar de repassar novas casas. E que também não ouse a passar a mão na cabeça de ninguém, se algo errado for descoberto.
Momentos que não se pode mentir
No poder público não se pode mentir. Ou perde a credibilidade. A secretaria de Habitação, Janaina Guedes, fez certo ao não marcar data para a entrega do “Conjunto Andirá”, ainda em construção, para as famílias que estão acampadas na Aleac, porque depende de verba federal.
Qual a dedução que se tira do escândalo?
A grande constatação a que se chega após o escândalo da venda de imóveis do “Minha Casa, Minha Vida”, é que não havia gestão, a SEHAB era uma verdadeira “Casa de Noca”, onde não se tinha o mínimo controle, as coisas eram frouxas, era uma verdadeira imobiliária oficial.
Informação quente
A coluna tem informação de que o inquérito sobre este caso corre na Polícia Federal, já que as verbas da “Minha Casa, Minha Vida” eram de origem federal. O inquérito estaria volumoso.
Nova líder
A deputada Leila Galvão (PT) não queria, mas acabou convencida ontem pelo governador Tião Viana a aceitar a liderança do PT, na Assembléia Legislativa, substituindo o deputado Lourival Marques (PT). Leila é uma boa oradora, preparada, e deverá dar bons debates com a oposição. Pega a liderança num momento difícil para a imagem do seu partido. Ser líder costuma levar para o buraco quem exerce a função, porque se limita a defender pautas negativas.
Jonas recusa por motivos religiosos
O deputado Jonas Lima (PT) deu dois motivos para não ter aceitado a liderança do PT. Estará muito ausente em campanhas para as prefeituras de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Porto Walter e não teria como defender temas como aborto e pautas da ala LGBT do PT.
Não valerá um traque
Ontem, pela manhã, o nome da ex-candidata tucana à PMRB, Socorro Nery, era bem falado nos gabinetes palacianos para ser a vice do Marcus Alexandre, com forte reação do PCdoB. Se o PCdoB perder a indicação de vice para a ex-tucana, seu prestígio não valerá um traque.
Reunião tensa
Ao final da tarde aconteceu uma reunião tensa no gabinete do governador Tião Viana, com a presença do dirigente do PCdoB, Edvaldo Magalhães, e do prefeito Marcus Alexandre. Até o fechamento da coluna o encontro não tinha se encerrado e o impasse continuava.
Farpa comunista
Um comunista de alto costado disparou ontem, numa conversa política, farpas contra uma possível escolha da professora Socorro Nery como vice de Marcus Alexandre: “como é que vão trocar a militância do PCdoB por quem até bem pouco era do PSDB e conspirava contra a FPA?”. “Se for a escolhida ela que coloque a sua militância na rua, queremos ver se tem.”, alfinetou.
Breque para 2018
Um alto petista revelou o motivo da cúpula do governo querer a ex-tucana Socorro Nery para ser vice do prefeito Marcus Alexandre: “seria uma forma de brecar uma possível candidatura do Marcus ao governo, em 2018, caso se reeleja. Seria uma trava ao seu afastamento”. Explica-se: o PT quer o deputado Ney Amorim (PT) como o candidato ao governo.
Faltam argumentos políticos
O certo é que faltam argumentos políticos à cúpula do PT para vetar a permanência do PCdoB na chapa do Marcus Alexandre para a reeleição. Socorro Nery tem a vida limpa, é qualificada, mas não tem uma retaguarda política que possa ser usada para justificar ser a vice do PT.
Belo projeto
A deputada Maria Antonia (PROS) apresentou ontem um projeto que beneficia com pensão, também, os hansenianos que não viviam em colônias e hospitais. É um projeto que atenta para a realidade dos esquecidos, doentes que optavam em ficar nas suas casas, nos seringais.
CPI inerte
Não vejo muita fundamentação no pedido da “CPI da Habitação”, proposta pelo deputado Gehlen Diniz (PP), já que o esquema da venda de casas na SEHAB vem sendo apurado na justiça, inclusive, com algumas prisões decretadas. Uma CPI seria como enxugar gelo.
Candidatura posta
O DEM vai manter a candidatura do jovem Carlos Vale, para disputar a prefeitura de Sena Madureira. Encontra-se em plena campanha. Será mais um a dividir os votos da oposição.
Ficado impassível
O deputado Jamil Asfury (PDT) tem ficado impassível ante as manifestações contra a sua pessoa por famílias que não conseguiram casas no “Minha Casa, Minha Vida”. Não ocupar a tribuna enquanto perdurar a situação, me parece a saída mais inteligente ao parlamentar.
Aliança possível
Estão avançadas as conversas para uma aliança entre o PR e o DEM. Ainda esta semana, o presidente do diretório municipal do PR, Carlos Beirute, conversou com Tião Bocalon (DEM).
Engraçado, muito engraçado
O prefeito de Manuel Urbano, Ale Anute, reclama que tinha uma boa fazenda e que ao se dedicar seu tempo à prefeitura do município “quase” ficou sem nada. Se a coisa foi tão ruim assim, por qual motivo é que o Ale quer disputar a reeleição? Engraçado, muito engraçado!.
Apuração profissional
Qualquer apuração sobre mortes de bebes na “Maternidade Bárbara Heliodora” tem que ser feita de maneira profissional, deixando de lado a exploração política, que não cabe neste caso.
Xeque-mate
Os ex-vereadores Zemar (PSDC) e Lacerda (PCdoB) se reuniram e colocaram a candidata a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), numa recuca: fizeram um acordo pelo qual o vice da chapa tem que sair de um dos dois. O preferido da Fernanda é o Carlinhos do Pelado (PSB).
Terá mudar da água para o vinho
O prefeito de Epitaciolândia, André Hassem, pode até se reeleger, mas terá que mudar a sua administração da água para o vinho, todas as pesquisas o mostram muito mal. Essa história de que nome familiar pesa numa eleição é coisa do passado, os tempos são outros.
Não conseguiu agregar
A candidata do PMDB à prefeitura da Capital, deputada Eliane Sinhasique, não aprendeu uma lição elementar em política de que candidatura majoritária se cisca para dentro, e tudo o que o seu partido tem feito na oposição é ciscar para fora. Um erro pensar que o PT está enterrado.
Era o que queria
Quando poderei na nota sobre o desabafo do presidente do PHS, Manoel Roque, contra a cúpula da FPA, que não apostava uma unha que levasse a debandada em diante, é porque conheço a aldeia dos nanicos. Ontem, ao que parece, já jogaram água benta sobre a sua cabeça e ficou o dito pelo não dito. Os nossos nanicos são valentes até chegar o cafuné.
Só depois do registro da candidatura
A boataria de que o deputado federal Alan Rick (PRB) será candidato á PMRB é daqueles boatos que devem entrar por um ouvido e sair pelo outro. Com cargos na PMRB e Governo não vai deixar a boca rica. É uma candidatura na qual só creio depois de ser registrada no TRE.
No fundo sabe
O senador Sérgio Petecão (PSD) insiste somente para fazer marola na mídia, no fundo ele sabe que a candidatura única da oposição á PMRB é um conto de fadas. E num conto de fadas, anões e duendes não costumam se unir.
Não vai mudar nada
O enredo da oposição será o mesmo da última eleição, só mudando o aumento do número de figurantes. PMDB, DEM, PSDB, PR, trabalham para ter candidatos a prefeito. E ponto final.
Nem no turno final
Não vão se unir no primeiro turno e nem no turno final da campanha. Sempre foi assim.
Fora de discussão
Um amigo que encontrou o ex-deputado Adalberto Ferreira (PMDB) lhe perguntou se ia mesmo para o INCRA. Resposta: não me convidem nunca para o INCRA com os sem terra e a FUNAI com os índios. Para dirigir os dois órgãos, de fato, tem que ter identidade com a causa.
Jóia da coroa
O PT, nestes tempos brabos de vacas magras, não deverá pulverizar a sua atuação política em vários municípios na disputa das prefeituras. Deverá priorizar Rio Branco, que é a jóia da coroa, onde sabe que mesmo com um bom candidato, pelo contexto negativo do partido, terá uma eleição mais dura que as outras já disputadas. O PT sabe que ganhar na Capital é uma cabeça de ponte para a guerra de 2018. E uma vitória da oposição na eleição para a PMRB poderá significar o fim de uma era de quase 20 anos no poder. Por isso, jogará tudo no Marcus Alexandre. Tião Viana não vai querer deixar o governo com a PMRB nas mãos da oposição.