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Políticos trocam propósitos sociais por interesses pessoais no Acre

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Acompanhando as articulações para as eleições municipais de Rio Branco vejo dois pontos delicados. Para a FPA, comandada pelo PT, a escolha do vice de Marcus Alexandre (PT) que poderá gerar insatisfações nos partidos aliados. Na oposição, a novela de sempre da tentativa de candidatura única. O interessante que a briga toda, tanto de um lado quanto do outro, é por posições de poder. Pouco se debate os propósitos de uma candidatura. Tampouco quais os pontos convergentes entre os partidos para uma gestão eficiente da Capital Acreana. Planos de governo pouca importam, o que interessa são cargos e mais poder. Nesse sentido Rio Branco reproduz simplesmente o quadro nacional das mais recentes eleições. Candidaturas que são verdadeiros Frankensteins com cabeça, tronco, cérebro e membros de diferentes corpos ideológicos. O resultado dessas fusões partidárias contraditórias para se alcançar o poder se mostraram ineficientes com o povo pagando a conta da ambição dos políticos. Assim como se viu recentemente com o Governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).


CPI da BR 364
O deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB) voltou à carga para aprovar a CPI da BR 364, na ALEAC. A revolta do tucano é porque, teoricamente, a oposição teria nove votos e são outros nove deputados com base ou origem no Juruá e ninguém coloca a assinatura que falta para completar as oito.


Quem é quem
Entre os oposicionistas, nem Nicolau Júnior (PP) e nem Éber Machado (PSDC) querem assinar. Ainda que a situação de Éber seja indefinida e, no momento, o PSDC não está nem de um lado e nem do outro. Só o tempo dirá o destino de Éber.

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Faca na garganta
A situação mais delicada é de Nicolau Júnior. O PP é o partido que deverá indicar o próximo candidato ao Governo do Acre pela oposição, o senador Gladson Cameli (PP). Mas dificilmente o parlamentar estadual do PP voltará atrás e assinará a CPI.


Votos do Juruá
A bancada com alguma ligação com o Juruá é grande na ALEAC. E quem mais sofre com a situação da BR 364 é o povo daquela região. Mas nem Maria Antônia (PROS), Josa da Farmácia (PTN), Raimundinho da Saúde (PTN), Éber Machado, Nicolau Júnior, Jenilson Leite (PC do B), Jonas Lima (PT) e Jesus Sérgio (PDT) irão deixar a CPI investigar os R$ 2 bilhões investidos na estrada.


Tirando o corpo fora
O deputado estadual Jonas Lima não quis ser o líder do PT na ALEAC. Uma postura coerente do parlamentar. Afinal, só Jonas sabe do fogo amigo que tem sido vítima dentro do seu partido. Tem petista do alto escalão que não se bica com Jonas.


Candidato a ferro e fogo
Não vão demover facilmente a intenção de Josa da Farmácia (PTN) de ser candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul. Ele confidenciou a um amigo que se a FPA não quiser ele será candidato pelo PTN. E isso ninguém poderá impedi-lo de fazer.


 Pegando fogo
O Governo do PT do Acre precisa acordar. Ao invés de ficar emitindo notas a cada problema deveria solucionar as demandas. Na manhã de terça, 31, em frente ao prédio da ALEAC, muitos protestos e causas variadas. Morte de bebês na Maternidade Barbara Heliodora, esquema de corrupção na distribuição de casas populares e professores em estado de pré-greve.


Palavras não apagam incêndios
Leio notas de secretários do Governo afirmando que a Maternidade de Rio Branco é uma das 45 melhores do país. Fico imaginando quantas maternidades públicas existem nos 27 estados brasileiros. E qual a situação daquelas que não estão nesta lista. Não é com palavras que as parturientes vão recuperar a confiança no hospital.


Passando a perna
Uma notícia chega do Jordão pelas redes sociais. O rompimento do PT com o PC do B. Segundo as informações que recebi o PT quer lançar a sua presidente municipal Nagela Figueiredo como a candidata a prefeita para concorrer contra o atual Élson Farias do PC do B. Isso vai dar muita confusão.


Diplomata
Conversei com o deputado estadual Jenilson Leite (PC do B), um dos maiores apoiadores de Elson, como ficaria a situação da FPA no Jordão. Jenilson prefere esperar a confirmação da candidatura petista para se posicionar. Mas admite que o PT realmente está se articulando para ter candidata própria.


Irmãos em lados opostos
O ex-deputado estadual Elder Paiva (PSB) deverá ter concorrente da família na disputa a uma vaga de vereador na Capital. O seu irmão Cleudo Paiva (PP), que teve 1.700 votos na eleição anterior, também é candidato a vereador pela oposição.


Sem política na mesa
Cleudo tem o apoio integral do deputado estadual Gehlen Diniz (PP) para chegar à Câmara da Capital. Em família, Neudo e Elder não falam mais de política. Um apoia o Governo do PT e o outro é de oposição. Por isso, preferem não discutir política.


Na estrada
Gehlen me falou que o ex-deputado estadual Mazinho Serafim (PMDB) será candidato a prefeito de Sena Madureira. Gehlen e o PP irão apoiá-lo. A dupla não quer nem ouvir o nome de Toinha Vieira (PSDB) por conta de rivalidades de eleições passadas.


Bom nome
Mazinho é um empreendedor. Os seus negócios em Sena Madureira são muito bem organizados e geram empregos para centenas de pessoas. Não será fácil Mazinho desistir da sua candidatura em função de disputas em outros municípios do Acre.

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 Quadro desenhado
Em Rio Branco, a eleição caminha mesmo para várias candidaturas. Marcus Alexandre (PT), Eliane Sinhasique (PMDB), Bocalom (DEM), Francineudo (PSDB) e Raimundo Vaz (PR). O deputado federal Alan Rick (PRB) ainda não é carta totalmente fora do baralho. Com esse quadro entram os apoiadores. Marcus terá o governador Tião Viana (PT) e o senador Jorge Viana (PT) ao seu lado. Sinhasique, Gladson Cameli (PP), Flaviano Melo e o presidente Temer (PMDB). Bocalom o senador Sérgio Petecão (PSD) e Raimundo Vaz a ex-deputada federal Antônia Lúcia (PR). Com essas candidaturas dificilmente a eleição da Capital se resolverá em um turno. Portanto, quem for para o segundo turno terá que ter grande capacidade de articulação. Sem dinheiro para ser investido nas campanhas o que vai vigorar é a boa conversa e a sola do sapato para andar.


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