Nayara Justino vai fazer sua estreia em novelas em Escrava Mãe, da Record. A atriz vai dar vida à personagem Luena, mãe de Juliana (Gabriela Moreyra), a protagonista do folhetim. Ao R7, Nayara falou sobre a participação especial em Escrava Mãe, que estreia na terça-feira (31), às 19h30.
— É uma participação, mas é uma participação forte, que traz uma energia muito grande para a novela, que dá o caminho, o rumo da história. Foi muito importante para mim. Aprendi demais, muito, com todo mundo aqui. Tenho certeza de que o pessoal em casa vai gostar. É uma participação que me marcou e espero que marque a todos também.
A personagem Luena morre logo no início da novela e, por isso, não acompanhou todas as etapas da gravação de Escrava Mãe, realizadas em Paulínia, no interior de São Paulo. Apesar de não ter convivido com todo o elenco, Nayara contou que a amizade com os outros atores continua firme e forte.
— Não acompanhei direito as gravações porque moro no Rio de Janeiro, mas têm pessoas que mantive contato, pessoas com quem tenho um carinho enorme e tenho certeza de que a gente vai fazer outros trabalhos. E, mesmo se não fizermos outros trabalhos juntos, estarei lá por perto para aplaudir.
A novela inicia a história em 1789, na região da Angola, na África, quando os produtores de cana-de-açúcar brasileiros trazem africanos para o Brasil como escravos. A personagem de Nayara vem a bordo de um navio negreiro, é estuprada por feitores e vive momentos que retratam o país àquela época. A atriz reforçou a importância de se tratar sobre a história do Brasil de uma maneira que chegue a todos os brasileiros.
— É importante, sim, poder contar como tudo começou. Infelizmente, nas escolas, a educação é bem precária há muito tempo. Então, acho que a televisão tem essa função de mostrar o que aconteceu, o que eles realmente passaram. De mostrar que eles eram reis nos países deles e vieram para cá como escravos. É superimportante mostrar essa parte da nossa cultura que reflete até hoje.
A atriz ainda falou sobre os preconceitos que já sofreu – e continua sofrendo – por ser negra.
— Minha vida inteira passei por situações de preconceito. Nem por isso me senti menos do que as outras pessoas. Pelo contrário, ficava pensando o que passa na cabeça ddelas. Já sofri situações com o meu namorado, porque ele é branco. Já aconteceu de a gente entrar em uma loja de roupa feminina e a funcionária atendê-lo e não me atender. Temos que mudar essa visão de que as pessoas têm de que o negro não tem dinheiro, ou então se entra na loja é porque vai roubar. A gente tem que mudar essa visão. É muito triste saber que, nos dias de hoje, ainda passamos por isso e que as pessoas ainda julgam pela aparência. Muito triste mesmo.
Nayara também avaliou que os negros precisam – e devem – ocupar todas as profissões disponíveis no mercado de trabalho.
— A gente tem de estar não só na TV como na vida também. A gente pode ser médica, enfermeira, empresária. A gente pode ser tudo o que quiser. Precisamos acabar com isso.
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