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Com obras paralisadas, aterro cria lagoa gigante e supostamente contaminada

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Semsur diz que obras serão retomadas. Relatório de cronograma dos serviços até 2016 foi entregue ao MPF. Animais bebem água supostamente contaminada. Licença ambiental foi dada pelo IMAC. Obra custa mais de um milhão aos cofres públicos.


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Com obras paralisadas o aterro controlado localizado no km 13 da Rodovia AC 90 – Estrada Transacreana – em Rio Branco, se transforma em propriedade de risco. Uma imensa lagoa se formou na fazenda do senhor Jair. Há suspeita de que o gado esteja consumindo água contaminada. Sensur reconhece o problema e afirma que obras reiniciam assim que o verão se intensificar. Licença ambiental foi dada pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC). A 500 metros do aterro nasce o Igarapé Batista.

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Uma operação de crédito no valor de R$ 1,1 milhão foi feita pelo município de Rio Branco para executar obras de encerramento e remediação ambiental do aterro controlado. O prazo de execução seria de três meses, mas as obras iniciadas na gestão do ex-prefeito Raimundo Angelim, não foram concluídas. Segundo a secretária municipal de meio ambiente, Silvia Brilhante, os serviços consistiam em encerramento do antigo lixão – considerado de situação ambiental grave – e a construção da Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (UTRE), além de projetos sociais com as comunidades.


A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) foi quem deu suporte técnico para elaboração do projeto, mas a gestão do aterro finalizado é da Secretaria de Serviços Urbanos, a SEMSUR.


Procurado, o secretário Kellyton Carvalho disse que várias etapas da remediação foram realizadas como o recobrimento do lixo, canais laterais e levantamento de água e que as dificuldades existentes ocorreram com as empresas que venceram as licitações.


“Decidimos por último executar os serviços de forma direta através da Emurb e já repassamos ao Ministério Público Federal o cronograma de obras até 2016” acrescentou Carvalho.


A enorme lagoa que pode estar contaminada é de conhecimento da SEMSUR, segundo Carvalho, realmente não foi planejada e nem teve terreno estruturado para receber o volume de água principalmente no inverno.


“Foi feito o levantamento das camadas e isso acabou criando esse açude na propriedade do senhor Jair, nós garantimos a ele que nesse verão, quando o solo oferecer condições para as máquinas trabalharem, os serviços serão retomados” garantiu o secretário.


Relatório da CEI – A 500 metros do aterro controlado nasce o Igarapé Batista. Uma Comissão Especial de Investigação foi criada pela Câmara Municipal de Rio Branco para analisar os impactos ambientais sobre sua nascente e toda extensão. O relatório final está previsto para ser apresentado dia 01 de junho.


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Sem adiantar detalhes, o relator, vereador Raimundo Vaz (PSC), afirma que há indícios de crimes ambientais diante do crescente desflorestamento das nascentes e a urbanização intensa que ocorreu às margens do rio.


Ao tomar conhecimento sobre a enorme lagoa criada na fronteira do aterro controlado, Vaz afirmou que a CEI vai pedir para a Universidade Federal do Acre fazer a análise da água que está sendo consumida pelo gado do proprietário da fazenda, assim como, a intervenção do Instituto de Defesa Animal e Florestal (Idaf) na suposta comercialização desses animais no mercado.


UTRE ameniza situação – o problema seria maior caso o município de Rio Branco não tivesse criado a Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (UTRE) – uma das ações pactuadas com o banco financiador – para o fim definitivo do antigo aterro. O local é um lugar ideal para a proliferação mosquito da dengue.


Outras ações emergenciais também foram feitas como drenagens de gás e chorume e uma lagoa de estabilização. Ainda de acordo o município, uma área de 44 há foi comprada como passivo.

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A reportagem não procurou a Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público do Acre para se manifestar sobre o assunto.


 


 


 


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