Disputavam a prefeitura da Capital, Marcos Afonso (PT) e Mauri Sérgio (PMDB). Na última semana de campanha as pesquisas apontavam para uma vitória do petista. No auge de uma pré-comemoração, os petistas soltaram uma matéria num jornal ligado à campanha, chamando Mauri Sérgio de “pederasta arrependido”, uma bruta de uma mentira. Pois bem, isso foi explorado à exaustão pelos peemedebistas e foi decisivo para a vitória do Mauri. Vejo agora um fato idêntico acontecer na campanha à PMRB, com um ativo militante petista postando um comentário chamando a candidata á prefeita do PMDB de “puta”. Isso pode ser analisado por dois pontos: é uma ofensa grotesca, maldosa e falsa a quem é mulher e mãe. E uma burrice política, porque diretamente envolveu na defesa da Eliane, a cúpula petista, que tratou de tirar o bode da sala. O PT, prefeito Marcus Alexandre, assessoria de Comunicação do governo, da PMRB, todos foram obrigados a dar solidariedade à deputada Eliane Sinhasique (foto). Foi um desastre para o PT, no contexto, de uma eleição a ser decidida por detalhes. A campanha não pode ser levada para a vala comum da sordidez, como neste caso da deputada.
Atinge o partido
Não se pode colocar o Tião Viana e o Marcus Alexandre neste episódio sórdido, por nada terem a ver, foi um ato isolado de um petista. Mas, quem leu o ataque do militante chamando a deputada Eliane de “puta”, não separa, joga todos no cesto, como se fosse um ato do PT.
Qual a atitude mais prática?
Se o PT não tomar uma atitude mais prática contra militantes que trilham por este caminho, com punição, só soltando notas de solidariedade a quem foi atingido, chove no molhado.
Hipocrisia das grandes
O mais hipócrita foi alguns setores do PT querer fazer paralelo com a presidente Dilma, que foi atacada como “mulher”. Não foi! Mentira! Nada a ver, foi um caso político, um impeachment, um julgamento limpo, com amplo direito a defesa. Completamente diferente do que aconteceu com a Eliane Sinhasique. Neste caso sim, uma agressão às mulheres.
Muito cuidado
O prefeito Marcus Alexandre tem que tomar cuidado com alguns porraloucas do PT, que acham que ao exacerbar, atacar a honra de adversários, estão ajudando a sua campanha. Muito pelo contrário. Se este fato acontece na semana da eleição poderia ser fatal.
Nem para ser nomeado
Colocar o Romero Jucá para fora do ministério do Planejamento era o mínimo que o presidente Michel Temer poderia fazer, mas não reparou o escândalo da gravação com um plano para brecar a “Lava-Jato”, não deveria nem ter nomeado alguém encrencado no STF.
Não há muita diferença
Não existe diferença entre as gravações do ex-senador Delcídio do Amaral (PT) e do senador Romero Jucá (PMDB), porque no âmago buscavam burlar a operação “Lava-Jato”. Chegou-se a um ponto em quem em se tratando da bandalheira PT e PMDB estão no mesmo barco.
Povo de fora
O que dá para se notar claramente nestes primeiros dias de governo Michel Temer é que o povo recuou. Não se manifesta nem a favor e nem contra. O que se vê é o protesto de poucos militantes petistas dos movimentos sociais, que eram bancados financeiramente pelo governo da Dilma.
Muito atrapalhado
Uma coisa é certa, este início do governo Michel Temer está muito atrapalhado, uma verdadeira “Torre de Babel”, faltando a unificação de uma linguagem de comunicação.
Nome respeitável
O candidato do PSDB a prefeito de Brasiléia, o ex-vereador Manoel Prete, é um nome respeitável. Começou do zero e é um dos empresários mais bem sucedidos do Alto Acre, não tem rabo de palha. Dentro da oposição, me parece ser o nome mais perigoso para o PT.
A porca torce o rabo
Caso Manoel Prete (PSDB) consiga unificar os partidos de oposição ao PT em torno da sua candidatura a prefeito de Brasiléia a porca torce o rabo para a candidata Fernanda Hassem (PT), que até aqui vem correndo solta e apontada como a favorita da campanha.
Quadro do momento
O quadro do momento em Senador Guiomard é uma polarização entre Jorge Catalan (PP) e André Maia (PSD), mas é prematuro para se falar em algo definitivo, porque a campanha nem começou. E existe ainda o fato do candidato Ney do Miltão (PRB) não ser um nome fraco.
Confidências na “Marcha para Jesus”
O deputado federal Alan Rick (PRB) revelou a um colega durante a “Marcha para Jesus” que, nesta campanha não sairá da FPA, mesmo sabendo da aversão do PT. A informação completa o que me disse o Pastor Agostinho da IBB, que ambos apoiarão Marcus Alexandre (PT).
Muitos afilhados empregados
Há uma questão que breca a saída do deputado federal Alan Rick (PRB) da FPA, que é o fato de ter muitos afilhados abrigados nas máquinas do governo e da prefeitura de Rio Branco.
Sem chance alguma
O presidente do PHS, Manoel Roque, diz que não importa quem venha a ser o candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul pela FPA, a aliança do seu partido com o candidato do prefeito Vagner Sales, o ex-deputado federal Iderley Cordeiro (PMDB), será mantida, sem volta.
Outro nome forte
Outro nome forte do PSDB no Alto Acre é o candidato a prefeito de Assis Brasil, Zum (PSDB), que foi ex-prefeito e é ainda em alta popular. Liquida a candidatura do prefeito Betinho (PR).
Ficará por conta
A sessão de hoje na Assembléia Legislativa deverá ficar por conta do episódio do ataque à honra da deputada Eliane Sinhasique (PMDB), será o tema central dos debates.
Oposição meia bomba
O deputado Jesus Sérgio (PDT) não poderá atacar o PT na campanha para a prefeitura de Tarauacá, porque em Rio Branco é sempre uma voz na defesa do governo petista. Será uma espécie de oposição meia bomba ao prefeito Rodrigues Damasceno (PT).
Burrice contamina
Uma pergunta que cabe neste episódio da deputada Eliane Sinhasique (PMDB). O PT fez uma campanha ofensiva ao Major Rocha (PSDB) e o elegeu deputado estadual e federal. Fez o mesmo com o Sérgio Petecão (PSD) e o Gladson Cameli (PP) e os elegeu senadores. Querem derrotar o Marcus Alexandre e eleger a Sinhasique? É a dedução a que se pode chegar.
Mudar toda equipe
Depois de mais um episódio sobre o programa “Minha Casa, minha Vida”, divulgado pelo MP, em que aparece uma família ganhando uma residência para cada um dos cinco integrantes, não resta mais ao governo, alternativa, a não ser de mudar todos ocupantes de cargos importantes na SEHAB. Não há mais como se falar em credibilidade com a atual direção.
Recadastramento e pente fino
E ainda sobre a SEHAB o governo deveria fazer um recadastramento e checagem dos dados de cada família que recebeu casas populares, porque a extensão da fraude pode ser maior. O governo está limpo no caso, mais há um motivo para mandar arrochar: a opinião pública.
Não ficou doido
Uma pessoa muito próxima do deputado federal César Messias (PSB) explicou porque acha que a prefeitura de Cruzeiro do Sul está fora dos seus planos: “não vai trocar a tranqüilidade de Brasília por uma prefeitura em tempo de crise, e porque corre o risco dele perder”.
Lista do PR
O ex-deputado Walter Prado aparece na lista do PR como candidato a vereador de Rio Branco, atendendo a um pedido da ex-deputada federal Antonia Lúcia, presidente do PR.
Não se definiu
Quem ainda não se definiu como quem fará aliança para a prefeitura de Rio Branco é o PP. O senador Gladson Cameli (PP) joga todas as suas fichas numa candidatura única à PMRB.
Nem conversa
Quem não quer conversa com política é o ex-vereador Juracy Nogueira, que abandonou o mandato para se dedicar à vida religiosa, por isso está fora da eleição municipal como candidato. Foi um dos bons vereadores da Capital.
Acertou politicamente
O prefeito Marcus Alexandre acertou ao condenar o ato de agressão moral feito à deputada Eliane Sinhasique (PMDB), por dois aspectos: não teve nada a ver com isso, foi um ato isolado de um militante petista, mas se não se condenasse deixaria ilações negativas a seu respeito.
Cansou de trabalhar?
A prefeitura da Capital deve estar quebrada ou o prefeito Marcus Alexandre cansado de trabalhar. Uma das duas opções. Ou não teria estendido o feriado de quinta-feira emendando com a sexta-feira e só voltando na segunda-feira. A fase dos tapinhas nas costas fechou o ciclo. Isso funcionou nos três primeiros anos, o morador do bairro afastado quer resultados.
Tudo muito nebuloso
Esta eleição para a prefeitura de Rio Branco terá nuances diferentes de outras campanhas. A começar pelo curto espaço de tempo, com apenas 45 dias. Outro fator é que a burra secou e não haverá mais dinheiro farto para se distribuir aos aliados, como sempre foi comum. Está proibida a doação de empresas aos candidatos, mas isso nem seria preciso, no Acre, porque por aqui o empresariado está vendendo almoço para comprar o jantar, estão quebrados. Quem ainda terá algum recurso, mas não como tinha em outras campanhas, é a FPA, por ter as máquinas do governo e da prefeitura. Tem o PT no seu pior momento político e fora da presidência da República. É um somatório de situações que deixa a eleição imprevisível. É muito cedo, pois, para a leitura do quadro das eleições deste ano.