O atual ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) sugeriu em conversas com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que uma possível mudança no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” feita pela Operação Lava Jato que investiga ambos. As conversas aconteceram em março. A reportagem é do jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira.
Os diálogos ocorreram semanas antes da votação pelo impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados e foram gravadas de forma oculta. O aúdio tem mais de uma hora duração e estão em posse da Procuradoria Geral da República (PGR).
Em um dos trechos da conversa, Jucá diz ao interlocutor: “Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, em resposta à preocupação expressada por Machado de que sua investigação na Lava Jato saísse do Supremo Tribunal Federal (STF) e fosse parar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância.
O advogado do atual ministro, Antonio Carlos de Almeida Castro, disse ao jornal que Jucá “jamais pensaria em fazer qualquer interferência” na Lava Jato “porque essa não é a postura dele”.
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