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Mais um bebê morre na Maternidade Barbara Heliodora, na capital

Por
João Renato Jácome

Uma criança morreu na Maternidade Bárbara Heliodora, nesta sexta-feira, 20, menos de meia hora após o parto. A família da acusa os médicos da maternidade de negligencia e afirma que o atendimento dado à grávida foi tardio, o que teria prejudicado o nascimento da criança. A família é de Capixaba e veio a Rio Branco em busca de atendimento especializado.


Segundo o pai da criança, a grávida já havia procurado a unidade, mas foi liberada e informada que o parto só deveria acontecer no fim do mês ou no mês de junho, quando ela deveria retornar à unidade para receber o atendimento. A família está revoltada e afirmou que um dos médicos, após avaliar exames e ultrassom, a liberou porque não era o médico dela.


Em entrevista a uma emissora de TV local, a Gerente da Maternidade Bárbara Heliodora, Rossana de Oliveira, garantiu que todos os óbitos que ocorrem sob suspeita de negligência, em que possa ter havido “algo irregular”, são apurados. Ela ressaltou que terá “acesso aos prontuários, a toda documentação, boletins emergenciais, tudo será apurado. Todos os profissionais que atenderam essa paciente serão ouvidos”, promete a gestora.


As imagens da criança, enviadas ao ac24horas por um dos familiares, mostra o quanto o bebê estava inchado. Além disso, o atestado de óbito elaborado na unidade de saúde afirma que houve “aspiração neonatal de mecónio”, ou seja, o líquido do intestino [como se fossem fezes] do próprio bebê teria entrado pelas narinas e boca, causando graves consequências.


Isso, segundo especialistas, acontece principalmente quando há “sofrimento fetal”. Com a demora do parto, e com a criança passando da hora de nascer, ela abre a boca de forma energética, aspirando nos pulmões os líquidos contaminados. Quando percebido, o parto precisa ser feito de forma imediata. O mecónio aspirado é mais espesso e pode obstruir mais facilmente as vias respiratórias.


Quando se fala em sofrimento fetal, quer dizer que algo vai mal antes ou durante o parto. Em geral, é detectado através da leitura dos gráficos do monitor fetal, onde ficam registradas todas as alterações na frequência cardíaca do feto.


O “sofrimento fetal” é um termo bastante amplo, usado para expressar uma situação de dificuldade no intercâmbio feto-materno, que coloca em perigo o feto podendo produzir lesões irreversíveis devido à diminuição do fluxo de oxigênio. É o que explica o Guia Infantil, especializado no assunto.


O documento, assinado por uma médica pediatra, atesta ainda que a criança apresentou “hipertensão pulmonar”, “hemorragia pulmonar” e “hipertensão materna pulmonar”, apontando terem disso essas as causas que levaram o bebê à morte.


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João Renato Jácome

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