Dois servidores da Escola Humberto Soares da Costa, que fica em Rio Branco, foram denunciados ao ac24horas, nesta sexta-feira, 21, por suposta prática de assédio moral e sexual contra estudantes menores de idade. Um inspetor escolar, além de um professor da escola pública serão investigados através de Sindicância da Secretaria de Educação.
Uma das alunas que, claro, terá o nome mantido em absoluto sigilo, conta o professor chegou a chamá-la usando palavras de baixo calão, tocou seios, nádegas e ameaçou a adolescente, de apenas 14 anos. Ele disse ter medo de contar os episódios, mas reafirmar não aguentar mais a situação que, como diz, é “insustentável” e “absurda”. “Ele [o aliciador] chama a gente de drogado, quer olhar até o nosso telefone”.
Outro menor, de 14 anos, confirma as denúncias contra o inspetor escolar. Ela revela que há na escolar um professor que já tocou até na vagina das estudantes e estaria intimidando-as para que não contassem nada à Direção. Contudo, confirma uma aluna, a situação já foi levada ao diretor da escola que, afirmam de forma unânime, “não fez nada”.
“Ele [o diretor]é turista na escola. O professor fica pegando nas meninas, nos seios, e [o inspetor] também faz isso, pega na bunda das meninas lá. O diretor viu e não fez nada. O [inspetor] trata a gente lá como se fossemos um lixo. O nosso diretor não faz absolutamente nada. Queremos mudança na escola”, diz a menor.
A Secretaria de Educação (SEE) vai investigar todas as denúncias contra diretor, professor e inspetor escolar. Uma Sindicância Administrativa será aberta para apurar os indícios de crime nas dependências da escola estadual. Segundo Evaldo Viana, diretor de Gestão Estratégica da pasta, uma equipe já foi destacada para acompanhar a instituição.
“O problema é com a gestão da escola. Já temos uma sindicância em andamento por outros motivos e essa será a segunda. Não hesitaremos em cobrar responsabilidades e punir quem esteja errado”, disse o gestor estadual, destacando que a situação é inaceitável.
Uma tarde de tensão nas dependências da Escola Humberto Soares da Costa. Alunos estouraram bombas caseiras e fizeram uma série de protestos dentro e fora da instituição de ensino. Até a Avenida Getúlio Vargas foi bloqueada pelos manifestantes que exigem mudança na Direção da escola. Alunos acabaram detidos pela polícia. Adolescentes dizem que foram agredidas por policiais.
Na escola, ninguém da Direção foi localizado para falar sobre o assunto. Ninguém estava autorizado a repassar o número de telefone do gestor escolar. Representantes da Secretaria de Educação foram destacados para conversar com os alunos.
Durante o manifesto, os estudantes reclamaram por diversas vezes da forma “truculenta” com que são tratados pelos servidores da escola. Uma servidora da escola, que pediu para não ter o nome revelado, contou que uma das bombas explodidas por um grupo de alunos por pouco não atingiu um dos professores.
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