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Marcus Viana entrega primeira etapa da reforma do Mercado do Bosque

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A reforma do Mercado do Bosque, um dos principais de Rio Branco, foi entregue no final da tarde desta sexta-feira, 20, durante solenidade pelo prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre Viana. A solenidade foi prestigiada por permissionários do mercado, políticos e líderes comunitários.


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A obra deixou o ambiente totalmente mudado. As novas cores e luminárias e os inovadores painéis que mostram o quibe, a baixaria, o mingau, a tapioca e muitas outras iguarias servidas no mercado que fazem parte da cultura local são um dos diferenciais.

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Nessa primeira etapa da reforma, que custou pouco mais de um milhão de reais, 42 permissionários foram contemplados. Somada com a segunda etapa da obra, a reforma do mercado custará pouco mais de R$ 2 milhões.


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A permissionária Patrícia Taveira, que tem uma pensão no mercado, diz que a obra trouxe mais conforto para ela e os clientes. “Ficou muito bom. Antigamente era muito quente, não tinha conforto nenhum. Agora a gente tem um conforto para os nossos clientes. Ficou bom demais”, diz a permissionária.


“Nem se compara, hoje tá muito melhor. Muito bom”, resume dona Val Marques, que há 12 anos tem uma pensão no mercado.


O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre Viana, lembrou que o mercado foi praticamente reconstruído. Ele destacou que o Mercado do Bosque comemora em 2016, 50 anos de fundação.


O prefeito acrescentou que a segunda parte da obra, que contempla o comércio que fica no acesso entre a rua Coronel Alexandrino e a avenida Nações Unidas, começa a ser executada já na próxima semana.


“Nós praticamente construímos o mercado. Trocamos a fachada, o piso, toda luminária, os boxes. Essa reconstrução chega no momento em que o mercado do Bosque completa 50 anos”, salienta o prefeito.


Conheça a história do Mercado do Bosque

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As origens do Mercado do Bosque têm tudo a ver com as estratégias governamentais para o desenvolvimento da capital acreana. Até 1941 o Primeiro Distrito de Rio Branco começava na beira do rio e “terminava” na Avenida Ceará. O bairro do Bosque não existia. Mas, em 1941, o governador Oscar Passos desapropriou as terras remanescentes do seringal Empreza, ao norte da Avenida Ceará e criou o Plano de Colonização e Expansão. Porém, em 1942, começou a Batalha da Borracha que foi parte da contribuição brasileira às forças aliadas durante a 2ª Guerra Mundial e toda a atenção do governo foi dedicada à reativação dos seringais que há décadas estavam em decadência.


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A partir de 1946, com o governo de Guiomard Santos, o plano de expansão da cidade foi retomado com a definição de duas diferentes áreas: a Zona Ampliada, onde foram implantados diversos equipamentos públicos, e a Área Suburbana, onde foram criadas várias colônias agrícolas. Surgiram assim a Cerâmica, o Aviário, a Estação Experimental, a maternidade Barbara Heliodora e as colônias do São Francisco, Apolônio Sales, Custódio Freire e outras onde foram instaladas escolas, postos de saúde e núcleos mecanizados para beneficiar a produção dos colonos. Assim começaram a se formar muitos dos atuais bairros da cidade.


A cidade cresce e surge um efervescente mercado

Entre 1946 e 1970 a Zona Ampliada foi sendo gradativamente urbanizada. A abertura da Avenida Getúlio Vargas, a partir da Maternidade Bárbara Heliodora, foi fundamental nesse processo. As terras que, até então, constituíam a Fazenda Araripe e o Engenho Independência ainda tinham muitos bosques e matas, e por isso passaram a ser chamadas de bairro do Bosque. Logo, foram abertas novas ruas e instalados equipamentos muito importantes para toda a cidade, como o Hospital das Clinicas (atual Hospital de Base) e o Mercado do Bosque, consolidando a vocação urbana dessa área.

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O Mercado do Bosque começou a funcionar em 1966 e foi o primeiro a ser instalado do 1º Distrito, fora de sua área central. Sua criação visava atender à crescente demanda pela comercialização de produtos agrícolas das colônias do entorno e o consumo dos moradores do bairro. Logo o Mercado do Bosque se tornou um centro comercial de referência para a população que morava, não só a sua volta, mas também nos bairros vizinhos. Aos poucos o mercado atraiu outros comércios e serviços, tornando essa uma área “nobre” cada vez mais valorizada pela população.


Como todos os mercados da capital, o do Bosque sofreu altos e baixos ao longo de sua história. Em meados da década de 90, durante o mandato do então prefeito Jorge Viana, o Mercado do Bosque passou por uma importante reforma: foram construídas as tradicionais bancas das cafezeiras que se tornou uma referência para a população da cidade. Especialmente para a juventude que – nas madrugadas, no fim das festas – começou a procurar o Mercado do Bosque para se recuperar da noitada degustando iguarias típicas, como a famosa “Baixaria”, o mingau de banana ou de farinha de tapioca, o bolo de macaxeira, o charuto, o quibe de arroz ou o quibe de macaxeira, entre muitos outros pratos típicos de nossa cultura.


Uma homenagem ao jornalista Álvaro Rocha, cidadão das noites acreanas

Em 2002, após outra reforma do mercado, que até então era chamado somente de Mercado do Bosque, ganhou o nome do jornalista Álvaro Rocha, falecido nesse mesmo ano, que era um assíduo frequentador do local. Álvaro criou no Bar do Zelão, um dos estabelecimentos do mercado, o evento boêmio conhecido como Skol com Frutas, onde bebia, tocava violão e cantava com os amigos madrugada afora. A proposta de homenagem ao jornalista foi do vereador Márcio Oliveira e foi amplamente aprovada pela Câmara Municipal de Rio Branco.


Quem vem ao Acre e não experimenta uma boa “Baixaria” no Mercado do Bosque não conheceu Rio Branco. É um prato simples à base de pão de milho, carne moída, ovo frito e muita salsa e cebolinha, e tem um passado misterioso. Existem muitas e diferentes versões para seu surgimento. Uma das histórias contadas diz que um peão de fazenda chegou ao Mercado com muita fome e pediu: “o que a senhora tem para comer aí?”. A mulher da pensão teria feito uma mistura de tudo o que havia disponível. Fez o prato bem surtido com pão de milho, ovo, carne e o que tudo mais que tinha e o sujeito comeu como um príncipe. Ao final, com o prato vazio à frente, o peão perguntou “quanto foi essa baixaria toda aqui?”. E, desde esse dia, o nome do prato, que recupera boêmios e fortalece trabalhadores, ficou sendo Baixaria.


RECONSTRUÇÃO DO MERCADO DO BOSQUE – 1ª ETAPA

Fonte: Recurso Próprio e Ministério da Defesa (Programa Calha Norte)


Área da intervenção: 1.020,12 m²


Empresa: Retro Construções Ltda


Principais ações na Revitalização do Mercado do Bosque – Álvaro Rocha:


Reforma das fachadas e padronização;


Reforma da calçada da Fachada do Mercado;


Novo padrão de comunicação visual (letreiros);


Execução do piso da circulação em granilite atendendo as normas de acessibilidade;


Adequação de 16 Cafezeiras com bancada em granito para atendimento, com pia inox para cada box;


Reforma de pisos, pintura, forro, iluminação, hidráulica e esquadrias de 13 boxes;


Troca da estrutura e telha de toda cobertura;


Praça de alimentação com mesas em madeira;


Reforma dos banheiros;


Iluminação;


Execução de nova instalação elétrica e hidro sanitária;


Paisagismo;


Acessibilidade.


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