A Câmara Municipal de Rio Branco se transformou em um verdadeiro muro das lamentações de políticos que compõem os partidos que eram da base de apoio da presidente afastada Dilma Rousseff. No pequeno expediente da manhã de hoje (19), o vereador Alonso Andrade (PV) utilizou a tribuna para julgar aliados do presidente interino Michel Temer na Câmara dos Deputados chamando-os de “pessoas do mal”.
Durante toda a semana, de forma maniqueísta vereadores de apoio à Temer e contra a sua permanência na presidência esqueceram os problemas de Rio Branco e se dedicaram na alternância de discursos baseados nos fatos políticos do cenário nacional.
Puxando o debate nesta quinta-feira (19), o vereador Fabiano Oliveira (PP) disse que o choro dos petistas ocorre em função da perda de milhares de cargos comissionados estratégicos, um modelo de política, que segundo o progressista, “está falido. O PT precisa se reciclar, vai ser um partido menor, não vai desaparecer, será um partido importante no país, mas esse modelo já deu”, argumentou.
“O PT parece torcer contra o pais, quando na verdade a gestão do partido dos trabalhadores no Brasil pode ser comparada a uma diabete”, disse o vereador Rabelo Góes respaldando as medidas tomadas nos primeiros seis dias do presidente interino Michel Temer, segundo ele, para ajustar a máquina pública “ao rombo deixado pela presidente afastada, Dilma Rousseff”, destacou.
O debate que tomou um tom mais esticado na Câmara foi puxado pelo líder do prefeito de Rio Branco, Gabriel Forneck. Ele destacou as primeiras ações do presidente Michel Temer, consideradas pelo vereador como “golpe ao povo”.
A vereadora Rose Costa, primeira secretária da casa, rechaçou as declarações dos vereadores favoráveis a Michel Temer, afirmando que “não há sentimento de torcer contra, apenas preocupação com a flexibilização de direitos de trabalhadores, conquistas de 30 e 40 anos”, argumentou.
Para o vereador Raimundo Vaz (PSC) que fechou o debate, a separação da relação histórica entre PMDB e PT prejudica diretamente a população. “O Temer é produto dessa relação histórica entre PT e PMDB. Deveriam caminhar como recomenda a palavra: sofrendo na alegria e na tristeza”, disse Vaz.
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