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PF centraliza investigações de corrupção e inclui o Acre

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O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra terá maior controle sobre investigações nas 27 superintendências da PF no país, e poderá informar com maior rapidez o ministro da Justiça Alexandre de Moraes sobre as operações policiais em andamento, depois de uma mudança na Diretoria de Combate ao Crime Organizado (Dicor), que irá centralizar o trabalho de repressão a desvios de recursos públicos na sede da instituição, em Brasília.


Segundo a assessoria de imprensa da PF, a nova estrutura de organização da instituição foi concebida antes da troca de comando no governo federal. A ideia é unificar o Serviço de Repressão de Verbas Públicas e a Divisão de Repressão a Crimes Financeiros em uma estrutura única, “qualificada e especializada no combate à corrupção”, informa o setor de comunicação da PF.

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Estão sendo criadas Delegacias de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros nas superintendências regionais da PF em 10 estados: Roraima, Amapá, Acre, Rondônia, Tocantins, Piauí, Goiás, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo.


As outras 17 unidades da federação, como Curitiba (base da Operação Lava-Jato), São Paulo e Rio, já contam com delegacias específicas de combate à corrupção e crimes financeiros e não deverão passar por mudanças administrativas ou de estrutura.


Em reunião de apresentação ocorrida na segunda-feira, em Brasília, o ministro da Justiça deixou claro ao diretor-geral da PF que a prioridade é fortalecer a área destinada às investigações sobre desvios de recursos públicos. Moraes também reiterou o seu compromisso com a manutenção das investigações da Operação Lava-Jato e com o combate à corrupção em órgãos e empresas estatais.


Daiello e diretores da PF que participaram do primeiro encontro com Moraes tiveram uma “impressão positiva” do ministro da Justiça nomeado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB-SP), conforme apurou o Valor. O encontro teve caráter de “reunião de apresentação”, segundo uma fonte ouvida pela reportagem.


Durante sua permanência de um ano e quatro meses na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, na gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre de Moraes ampliou sua reputação de centralizador e obsessivo por dados e informações. Era comum, enquanto ocupava o cargo de secretário, que designasse delegados de sua confiança para conduzir investigações que considerasse “sensíveis”.


O exemplo mais recente foi o caso do inquérito instaurado para apurar extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer, em São Paulo. O episódio foi acompanhado de perto por Moraes. O delegado que conduziu a investigação, Rodolpho Chiarelli Júnior, integra o Departamento de Homicídios paulista. Extorsões e estelionatos são crimes que costumam ser investigados por policiais ligados ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil.


A reportagem tentou contato por telefone com o ministro da Justiça, mas ele não retornou as ligações e nem as mensagens enviadas. A assessoria de imprensa do ministério não foi localizada até o fechamento desta edição.


Fonte: Valor Economico


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