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Sem apoio do governo, grávida é despejada e passa mal ao ver pertences no meio da rua

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João Renato Jácome

Uma grávida foi despejada da casa em que vivia com os filhos na manhã desta quarta-feira, 18. A polícia foi acionada, e os oficiais de justiça cumpriram um mandando judicial que determinava a desocupação imediata do imóvel, localizado no bairro São Francisco, em Rio Branco. Os móveis da jovem de apenas 27 anos ficaram na rua. Ela não tem para onde ir.



A equipe do ac24horas flagrou o exato momento em que a grávida Francilene Costa foi intimada. Ao receber o documento, ela sentou-se ao chão e começou a chorar dizendo que não tinha para onde ir e não conseguiria pagar um aluguel, visto que está desempregada e impedida de trabalhar por conta da gravidez de risco. Foi em vão. O despejo continuou sendo realizado.


“Eu já procurei a prefeitura, a Sehab, mas ninguém me ajudou. Lá na Secretaria de Habitação a assistente social me disse que eu tinha direito a uma casa e que, enquanto eu não era contemplada, eu ia ter que esperar. Foi quando eu soube dessa casa e falei com eles, e assistente me mandou invadir e esperar. A casa aqui era alugada e não podia. Ela já estava abandonada, e eu invadi”, diz a Francilene.


Procurada, a Secretaria de Habitação e Interesse Social informou que a jovem está cadastrada na instituição desde 2009, ou seja, há sete anos, mas que o governo ainda não tem uma resposta para emitir. O órgão comprometeu-se em enviar uma equipe ainda nesta quarta-feira, até a casa em que a gravida vivia, para averiguar a situação.


A proprietária da residência, Natália Silva, que acionou a Justiça para que a casa fosse desocupada, confirmou que a residência popular estava alugada há mais de um ano e que, ao saber da invasão, pediu que a jovem saísse. A ocupação durou pouco mais de seis meses, mas apenas agora o Judiciário foi acionado.


“Ela me disse que não queria ficar com a minha casa. Passou uns dias, ela foi lá na Sehab fazer uma denúncia que minha casa estava alagada. Aí a Sehab me procurou e disse que eu precisava voltar para a minha casa. O pessoal me disse que eu cometi um erro. Várias pessoas aqui tinha casa alugada e a Sehab deu prazo para voltar. A briga dela é com a Sehab, não comigo”, contou a proprietária da residência.



Ainda segundo Fracilene, “da primeira vez em que foi despejada, a polícia foi acionada, mas nada puderam fazer. Eu não tenho dinheiro e nem posso trabaçhar. Eu não tenho mesmo para onde ir. Uma pensão de R$ 50 não vai pagar um aluguel. O governo até agora não me ajudou em nada. Fiz minha inscrição e eles continuaram me enrolando.”


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João Renato Jácome

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