Partidos que integram a base aliada do governo peemedebista de Michel Temer começaram a contabilizar no Acre a quantidade de cargos federais comissionados. Com isso, a validade dos petistas nesses cargos chegou ao fim. Eles terão que desocupar a cadeira para dar lugar aos militantes de Temer e cia (leia-se companhia) já neste mês.
Ainda não há um número exato, segundo um dirigente partidário do PMDB do Acre que trabalha no levantamento, mas se sabe que são muitos, informa.
“Há uma estimativa de que são mais ou menos uns 300. Só para você ter uma ideia até as reservas extrativistas, que são de responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente tem gente ocupando cargo comissionado que é indicada pelo PT. São diversos cargos que ainda estão sob levantamento da bancada federal do Acre que apóia Temer em Brasília”, revelou.
A priori, o tucanato local já avisou que não entrará nesse barco, não faz questão por cargo na estrutura de Temer no Acre. A afirmação é do presidente do PSDB, deputado Major Rocha: “Nós não vamos ocupar nenhum cargo no Acre da esfera federal. Não vamos entrar nessa discussão”.
Enquanto o PSDB diz não estar nem aí para cargos, há uma fila de gente com e sem currículo atrás de seus padrinhos políticos.
O senador Sérgio Petecão, do PSD, partido que comanda o Ministério de Ciência e Tecnologia e Comunicações, diz que “está pra ficar louco com tantos telefonemas e pedidos”.
“Recebi várias ligações. Mensagens de WhatsApp de gente atrás de cargos. Uma loucura isso”, disse.
O deputado federal Flaviano Melo, presidente do PMDB no Acre, confirmou o levantamento do número de cargos, mas disse não ter ideia de como ficarão as nomeações.
“Tudo que há são especulações. Nós sentamos uma vez pra traçar estratégia. Vamos sentar novamente, mas não há nada concreto”, informou.
Em meio a todas as especulações, o que se sabe é que o PP, do senador Gladson Cameli, que comanda os ministérios da Saúde e da Agricultura, terá direito a indicar os mais importantes cargos e talvez a maior quantidade ao lado do PMDB.