Com salários atrasados, servidores demitidos ameaçam fechar a fábrica de preservativos

Um grupo de 11 servidores que foi demitido da Fábrica de preservativos Natex, empreendimento instalado e administrado pelo governo do Acre, em Xapuri, ameaça fechar a linha de produção da unidade caso não recebam salários atrasados e direitos trabalhistas devidos pela empresa terceirizada que mantém um contrato com Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (FUNTAC).

Os demitidos estiveram em Rio Branco, na sede da empresa Lopes e Cavalcante Ltda, que é responsável pelos servidores terceirizados da Natex, em busca de informações. Eles denunciam que a empresa estaria devendo dois meses de salários atrasados, férias e os direitos trabalhistas das pessoas que receberam aviso prévio nos últimos dias. A empresa não tem escritório em Xapuri.

Os servidores desligados denunciam ainda que em 2016, a empresa terceirizada teria depositado o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), apenas do mês de janeiro. A representante legal da Lopes e Cavalcante Ltda, Ocicleia Gomes, nega que há atraso de salários. “Não tem atraso. Só falta o pagamento do mês de abril. O FGTS também vem sendo depositado em dia”, ressalta.

Apesar da negativa de Ocicleia Gomes, os servidores afirmam que em reuniões anteriores, os gestores da empresa terceirizada teriam informado que os atrasos acontecem porque os repasses de recursos pelo governo do Acre não estariam sendo realizados nos prazos determinados, ocasionando um efeito cascata nas contas de servidores e fornecedores da Fábrica de preservativos Natex.