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‘Meu país é corrupto, a Justiça é falha.’ Como isso afeta nossas atitudes?

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Em uma cena de Batman: O Cavaleiro das Trevas, o comissário Jim Gordon (Gary Oldman), tido como um policial resistente que se recusa a seguir seus pares, corruptos, descobre que o honesto e exemplar promotor de Justiça de Gotham, Harvey Dent (Aaron Eckhart), não é honesto, tampouco exemplar.


Desolado, o policial pretende levar a público todas as maldades de Dent e desmascará-lo, mas Batman o impede: se Gordon revelar que a única figura pública confiável da cidade era, na verdade, uma farsa, a população não terá esperança para suportar os desafios de Gotham.


Suportar a corrupção sistêmica e alastrada como praga é desafio nosso, brasileiros, há muito, muito tempo. Conversas informais apontam para uma descrença em políticos, na polícia, no sistema Judiciário, em instituições como um todo. “Não sobra ninguém”, ouvimos, com frequência. Na água chacoalhada com óleo, é difícil saber quanto é água e quanto é óleo.


É tentador apontar o dedo e declarar: tal partido é mais corrupto. Mas já passamos por isso, e se revelou improdutivo. É mais urgente pensar que a corrupção tem sido lida como natural, esperada, quando ela deveria estar de mãos dadas com o absurdo e com o inaceitável.


Sem exemplos daqueles que escolhemos como nossos representantes ou nossos guardadores, estaríamos condicionados a multiplicar essa corrupção? Qual nossa parcela de responsabilidade sobre o que chamamos de “país corrupto”? De que maneira essa falta de confiança afeta nossas atitudes no dia a dia?


“Como já sabemos: reproduzindo a corrupção! Ao fugir das regras, desrespeitar a lei e burlar as autoridades, o sujeito faz em escala doméstica o que os políticos fazem em escala pública”, explica ao HuffPost Brasil a historiadora Mary Del Priore, pós-doutorada pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris e que acaba de lançar o livro Histórias da Gente Brasileira – Vol 1: Colônia (Editora Leya).


Atualmente, o Brasil ocupa o 76° lugar em um ranking de corrupção que traz 168 países, feito pela ONG Transparência Internacional (TI). É o pior resultado para o País desde 2008. Pelo segundo ano seguido, a Dinamarca ficou no topo do estudo.


Del Priore afirma que a corrupção é um mal muito antigo no Brasil, com registros históricos desde os primórdios da colonização.


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