Foi iniciada nesta quinta-feira (12) a 3ª fase da Operação Lares. Esta fase é destinada a ouvir as famílias que foram beneficiadas de forma irregular pelas casas populares. Nas primeiras horas da manhã, várias famílias do Conjunto Rui Lino III e Cabreúva, suspeitas de terem se beneficiado do esquema, foram acordadas por policiais.
Nesta fase devem ser cumpridas 74 ordens judiciais. Serão 37 mandados de condução coercitiva e outras 37 de medidas cautelares que pedem o afastamento dos imóveis em um prazo de 48 horas, caso descumpram a medida, poderão ser decretadas pela justiça pedidos de prisão preventiva.
A operação é feita pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público do Acre (MP-AC) e tem como objetivo desmontar um esquema de fraudes que estaria sendo realizado por um grupo de servidores da Secretaria de Habitação (SEHAB) que diante do pagamento de valores entre 5 à 30 mil prometiam facilitação da entrega de casas populares. Cerca de 40 casas foram vendidas e 60 direcionadas.
Nas fases anteriores o diretor-executivo da Sehab, Daniel Gomes e o diretor-social, Marcos Huck foram presos preventivamente e também a ex-funcionária Cícera Dantas, considerada como peça chave do esquema e a empresária Rossandra Lima que confessou ter comprado uma doceria com o dinheiro da venda das casas. Destes, apenas Marcos Huck conseguiu habeas corpus e o restante continua preso.
Secretário de Segurança diz que ex-diretor da Sehab foi solto porque a prisão preventiva já não atendia os requisitos
O secretário estadual de Segurança, Emyson Farias disse nesta quinta-feira (12) que o ex-diretor social da Secretaria de Habitação (SEHAB), Marcos Hurck, que havia sido preso na segunda fase da Operação Lares, foi solto pela justiça porque a prisão preventiva já não atendia os requisitos pelo qual ele foi preso. Hurck foi solto na segunda-feira (9).
Segundo o secretário, a prisão de Hurck foi a razão de ele estar coagindo, intimidando, ameaçando pessoas que estavam sendo investigadas pela operação.
“Como essa condição não existe mais, a justiça acreana entendeu que a prisão preventiva já não atendia mais os requisitos necessários para permanecer e, por isso, ele foi liberado”, explicou o secretário.
Marcos Hurck foi preso preventivamente juntamente com o ex-diretor executivo, Daniel Gomes, a ex-funcionária Cícera Dantas e a empresária, Rossandra Lima, na segunda fase da Operação Lares. A operação foi deflagrada no mês de abril é é de competência da Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público .
Ele foi liberado na última segunda-feira, mas ainda permanece indiciado suspeito de direcionar casas populares a amigos e pessoas que possuíam um vínculo empregatício na família.
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