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Grávida é ameaçada de despejo e procura a prefeitura pedindo casa

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Grávida de oito meses e mãe de outra criança de nove anos de idade, Francilene Nascimento da Costa, de 26 anos, se dirigiu à prefeitura de Rio Branco na manhã desta terça-feira, 10, desesperada, à procura de ajuda, após ser intimada pela Justiça a deixar a casa onde mora há seis meses no Residencial Novo Eldorado, na capital, invadida por ela.


Francilene é mais uma da lista de cadastros da Secretaria de Habitação que nunca foi contemplada pelo governo. Ela diz que está cadastrada no Minha Casa Minha Vida desde 2009, quando sua primeira filha ainda tinha um ano de idade.
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Durante anos ela morou em casa alugada e como não tinha condições para pagar o aluguel resolveu invadir a residência que hoje é obrigada a deixar. “Eu invadi porque a casa estava abandonada. As portas todas abertas. Não tinha ninguém. Só gente fumando drogas”, conta.

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O mandado judicial entregue hoje pela manhã a Fracilene por um oficial de Justiça determina que ela saia da casa num prazo de 24 horas. O pedido foi feito pela pessoa que passou a ser proprietária da residência após ser contemplada.


8144bfeb-4cd6-4766-9a05-3784ee788361Logo após receber a intimação, a jovem mãe, conduzida por uma amiga, procurou a sede da prefeitura para pedir ajuda. “A única coisa que eu quero é um lugar pra mim morar com a minha filha de nove anos e com a minha bebê que daqui duas semanas os médicos vão tirar. A minha casa nunca saiu. Eu sou inscrita nessas casas e eles pegaram entraram com uma ação na Justiça deram a ordem de despejo até 7h da manhã. Eu não tenho parente aqui e tenho que sair daqui pra 7h da manhã de amanhã e não tenho pra onde ir com a minha filha, não tenho trabalho e nem posso trabalhar.”


Na prefeitura, a jovem foi atendida pela assessoria de Marcus Viana, que a encaminhou à Secretaria de Habitação do Estado, órgão responsável pelos programas habitacionais do governo.


Francilene afirmou que se nada for feito ela pretende despejar os seus móveis e roupas na frente do prédio da prefeitura até que seu problema seja resolvido.


“Se eu pudesse trabalhar eu não tava nem me humilhando, mas eu não posso trabalhar porque eu tô grávida e é de risco. A minha casa era pra ter saído. Toda vez eles ficam me enganando. E o oficial de Justiça disse que vai lá com a polícia e me despejar.”


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