O cronograma da obra da ponte do Abunã, na confluência dos rios Madeira e Abunã, em Rondônia, está seriamente comprometido pelo mesmo problema que assola o país: a crise financeira.Sem previsão para liberação de verba específica para a obra, o DNIT já admite conviver com a paralisação dos serviços.
O superintendente do órgão para Rondônia e Acre, Sérgio Augusto Mamanny, disse em entrevista que numa reunião recentemente em Brasília, diretores do Departamento listaram 40 obras sob a responsabilidade do órgão que estão ameaçadas de paralisação por falta de recursos. A obra da ponte é uma delas.
“Se não ouvir um incremento financeiro esse ano, ficará difícil manter o cronograma da obra” admite Mamanny, que visitou o canteiro de obras na semana passada.
Orçado em R$ 128 milhões, o projeto da obra, segundo o superintendente, está dentro do previsto, mas o futuro é incerto.
No ano passado, a ARLESTE, empresa que executa o projeto, ficou 5 meses sem receber o pagamento pelos serviços executados. Mas nem com atraso no repasse, garante Mamanny, os trabalhos foram suspensos. Ele também negou que as obras tenham sido paralisadas.
” O que houve foi uma diminuição na carga de serviços. As obras das cabeceiras ficaram prontas e a empresa dispensou mão de obra, o que é natural, mas em nenhum momento houve paralisação. Passe lá que você vai ver. Tem gente trabalhando na obra todo dia” , disse o superintendente, demonstrando irritação com as especulaçoes em torno da obra.
De acordo com o projeto, a ponte terá 856 metros de extensão entre uma margem e outra é vai atingir no total 3,56 km incluindo os acessos.