Quem passa pelo centro de Rio Branco se depara com uma cena nada agradável, principalmente para quem viveu na sede do Clube do Rio Branco Futebol Clube, grandes bailes carnavalescos, de aniversários e outras comemorações. A sede do clube está em ruínas e de acordo relatório publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (6), existe uma proposta de demolição e locação do terreno visando o pagamento de dívidas trabalhistas que somam mais de R$ 1,6 milhão.
O Ministério Público Estadual vai investigar o caso, considera que o prédio onde funcionava a antiga sede social do Clube encontra-se em processo de tombamento. A resolução que trata desse processo de proteção histórica ao prédio é de nº 019 de 30 de junho de 2010.
Ainda de acordo o MP a proteção do patrimônio histórico tem cunho constitucional, dando a Constituição Federal de 1988 à matéria tratamento inovador, tratando-a de forma detalhada, adotando a concepção de valor cultural de bens enquanto produto de cultura coletiva e tutelando a preservação do patrimônio cultural brasileiro, bem como impondo a repressão a danos e ameaças a referido bem.
Além de oficiar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento de Gestão Urbana (SMGDU), à Fundação Garibaldi Brasil e o Rio Branco Football Clube, o parquet exigiu oficio solicitando cópia da licença para demolição, da ata do clube em que a diretoria deliberou sobre o caso e ainda, as medidas que serão tomadas por aquela agremiação objetivando a restauração/reforma daquela edificação, mediante autorização da Fundação Elias Mansour e da SMDGU e sobre o prazo necessário para tanto, inclusive, com o fornecimento de um cronograma de execução das obras.
O OUTRO LADO – A diretoria do Rio Branco foi procurada ontem pela reportagem, mas até a manhã de hoje nenhum responsável falou sobre o assunto.