O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), reuniu a imprensa em seu gabinete em Rio Branco na manhã desta sexta-feira, 06, para comentar o atual contexto político que vive o país após o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado e da presidência da Câmara.
O senador acredita que Cunha, “o homem mais poderoso do PMDB”, é uma “bomba ambulante e que pode derrubar a República, o PMDB e um eventual governo Michel Temer”.
Ao falar sobre o PT no contexto de escândalos políticos, o senador disse que o partido é vítima do sistema. Jorge Viana praticamente repetiu discursos anteriores de que o PT imitou o PSDB na forma de fazer campanha.
“Eu não concordo muito que o PT foi o maior beneficiário. Nós fomos vitimado. Eu particularmente acho que o PT tá sendo vítima do modelo que ele aceitou conviver por não ter mudado”, disse.
Para Viana, o Partido dos Trabalhadores cometeu outro erro grave: a composição do segundo governo Dilma.
“O PT errou feio na composição do segundo mandato da presidente Dilma. Montamos a base errada, não temos sustentação.”
O vice-presidente do Senado defendeu a anulação do impeachment na Câmara. Ele segue a mesma tese do advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, que afirmou nesta quinta-feira, que vai pedir a anulação do processo com base no afastamento do presidente da Câmara, que segundo o procurador Rodrigo Janot, na denúncia que ofereceu ao STF em dezembro do ano passado, usava o cargo em “interesse próprio”.
“Com a queda do Eduardo Cunha o impeachment fica desmoralizado, na minha opinião”, diz o senador.
Eleições municipais: JV diz que eleições serão apertadas
Para o senador, as eleições em Rio Branco serão difíceis para o PT. Ele acredita, porém, no favoritismo de Marcus Viana.
O senador elogiou as qualidades do prefeito de Rio Branco. “Todas as eleições que a gente disputou aqui foram muito difíceis, todas sem exceção. Essa não será diferente. Mas eu acho que nós temos um candidato bom, com um perfil invejável do ponto de vista de ser prefeito. Tá correndo, não tá fazendo politicagem. Tá trabalhando”.
