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Por absurdo que pareça

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Na nossa Câmara dos Deputados, os partidos nanicos já estão determinando a maioria. PMDB, PT, PP e PSDB, individualmente e nesta ordem, são detentores das maiores bancadas parlamentares na Câmara dos Deputados. Ainda assim, juntos, somam apenas 253 deputados federais. A referida avaliação leva em consideração os resultados decorrentes da indecorosa janela recentemente aberta e que possibilitou no mais desavergonhado e irresponsável troca-troca partidário de nossa história republicana.


À propósito, em exíguos 30 dias, período em que a referida janela ficou escancarada, 83 deputados federais mudaram de partidos, e por certo, sem consultarem seus próprios leitores, estes sim, os detentores da incontestável da soberania popular. Utilizando-se a palavra da moda, dando pedaladas em seus eleitores.

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Como a referida Casa parlamentar é composta de 513 deputados federais e apenas 253 compõem às quatro bancadas acima referidas, significa dizer que os demaisparlamentares, ou seja, os outros 260, compõem as bancadas dos chamados partidos nanicos.


Os números acima bastariam para revelar o quanto prejudicial, particularmente, para a nossa própria democracia, tem sido a nossa fragmentação partidária, até porque, somente à base de negociatas o governo conseguirá compor sua maioria parlamentar. Do contrário, a exemplo do que aconteceu com o presidente Fernando Collor e do brevemente acontecerá com a presidente Dilma Rousseff, qualquer um poderá ser ejetado do poder.


Outra não é o principal paredão a ser enfrentado, quando da conclusão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, pelo seu natural sucessor, Michel Temer. Até porque, custa-me crer que os deputados federais que apoiaram o bota-fora da presidente Dilma Rousseff venham apoiar o governo Michel Temer, quando forem convocados para aprovar o rol de emendas constitucionais, entre elas, a que porá fim, a nossa pornográfica estrutura partidária.


Impeachment não é golpe, entretanto, quando levado a termo num regime presidencialista que se apóia numa estrutura partidária reconhecidamente desmoralizada, a exemplo da nossa, assim poderá ser confundido.


​Portanto, para evitar que o impeachment da presidente Dilma Rousseffvenha ser lembrado como uma quartelada, os parlamentares que determinaram o bota-fora da presidente Dilma Rousseff terão que apoiar, incondicionalmente, o governo Michel Temer, em particular, três itens constantes na proposta do PSDB.


01 – instituir uma cláusula de barreira a fim de determinar o funcionamento legislativo dos partidos políticos. Em não tenha sido previamente definido, que seja no mínimo, igual a 3% do eleitorado brasileiro, diga-se de passagem, o mínimo vigente nas melhores democracias.


02 – acabar definitivamente com as coligações partidárias nas eleições proporcionais: deputados e vereadores.


03 – Defesa do regime parlamentar como forma de governo.


Narciso Mendes de Assis é engenheiro civil, empresário da construção civil de das comunicações e já ocupou mandatos de deputado estadual e federal. Hoje se dedica as suas empresas de comunicação. Atualmente dirige o jornal O Rio Branco, o mais antigo do Acre.

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