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Bipolar

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Luiz Calixto*


A edição da revista Acreanidade, produzida pelo gabinete do senador Jorge Viana, despertou-me para escrever sobre uma espécie de transtorno bipolar dos “ capas pretas” do PT.


A bola da vez é Nabor Teles da Rocha Junior, homenageado pela revista, cuja história deveria servir de farol para muitos políticos.

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Homem reto, Nabor Junior sempre se foi um ponto de equilíbrio, um porto seguro. Na hierarquia parlamentar só não exerceu mandato de vereador.


Foi o primeiro governador do Acre eleito após o golpe militar. Tanto era sua popularidade que em 1985, seu partido, o PMDB, venceu as eleições para prefeito nos 12 municípios do estado. Em 1986 deixou o governo, ganhou uma das vagas para o senado e 1994 reelegeu-se.


Em 2002 disputou novamente a eleição para o senado e desta vez perdeu, tanto porque fora vítima da ganância de seus aliados quanto da covardia de seus adversários.


Sua abundante decência constratava com a escassez de recursos financeiros para trombar com a avassaladora máquina petista.


Como naquele ano a eleição era para duas vagas no senado, seus aliados cresceram os olhos e lançaram uma penca de candidatos pulverizando os votos da oposição e o PT, por sua vez, implementou a mais sórdida e covarde campanha contra ele, cujo slogan era“ Nabor nunca mais”. Sagraram-se vencedores Marina Silva e Geraldinho Mesquita.


O ódio injetado pelos generais da banda nas veias da militância petista estimulou, inclusive, a agressão física um homem de 1,55m de altura e de quase 70 anos à época.


15 anos depois, um dos patrocinadores do “Nabor nunca mais”, o senador Jorge Viana, governador à época, sem ao menos um pedido de desculpas, e filiado a um partido enlameado dos pés à cabeça, quer tirar uma “casquinha” de um homem público, respeitado e sem máculas.


O Nabor, que queriam varrer do mapa político, hoje é reverenciado por eles como um exemplo de acreanidade. Em linguagem popular: antes bijuteria, hoje jóia rara.


São atitudes dessa natureza que revelam a bipolaridade petista no trato com as pessoas.


No Acre, tem-se aos montes exemplos dessa natureza.


A estatura moral de Nabor, com certeza, não lhe permite ressentimentos, mas a melhor homenagem que Jorge Viana poderia prestar-lhe seria um honesto pedido de desculpas.


Calixto_DD

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*Luiz Calixto é economista,
foi deputado estadual por
três mandatos e atualmente
é Auditor da Receita estadual.


 


 


 


 


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