O presidente regional do PP, José Bestene (PP), respondeu a algumas questões de especulações que foram feitas recentemente para a coluna. A primeira se está pensando em se lançar candidato a prefeito de Rio Branco. “Eu realmente tenho ouvido isso. Mas não lancei meu nome. Estou ouvindo alguns apelos para ser candidato pelas redes sociais e amigos têm me incentivado. Mas essa discussão sobre candidaturas em Rio Branco ainda está sendo feita dentro do partido. Só em junho ou julho que vamos decidir,” afirmou. Sobre um possível apoio a um dos candidatos de oposição. “Conversamos com a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) e também com o Bocalom (DEM). Mas por enquanto não vamos lançar a candidatura de ninguém,” afirmou o ex-deputado.
Foco no interior
Bestene deixou claro que o PP está mais atento e interessado em algumas candidaturas próprias no interior do Estado. “A nossa preocupação maior é ter uma chapa forte de vereadores em Rio Branco e em ajudar nossos candidatos a prefeitos nos municípios acreanos,” explicou.
Os escolhidos
Os nomes que o PP aposta como candidatos a prefeito no interior. Daniel Nogueira em Porto Acre, Vilmar no Bujari, Zé Augusto em Capixaba, Jorge Catalan no Quinari, Kiefer em Feijó, Chico Batista em Tarauacá, Joelson Pontes em Brasiléia e o vereador Djalma em Acrelândia.
Preferências do senador
Evidentemente que a maior liderança do PP no Acre é o senador Gladson Cameli (PP). Em Rio Branco, Gladson nunca escondeu a sua preferência pela candidatura de Eliane Sinhasique. Mas também é claro que qualquer anúncio oficial terá que passar pelo corpo do partido.
Ouro de tolo
Em todas as eleições é a mesma coisa. Alguns candidatos acreditam que pelo fato de estarem ao lado de Cameli terão o quanto dinheiro precisarem. Não é bem assim. Uma coisa é uma eleição onde o próprio Gladson é candidato. Mesmo assim, por mais próspera que seja a família do empresário Eládio, o dinheiro não brota em árvore.
Na real
Está na hora de quem quer ser candidato que consiga as suas fontes de financiamento para a campanha. Ninguém coloca um saco de dinheiro na mão de ninguém assim sem mais nem menos. Ainda mais em tempos de crise.
Pé no chão
Em tempos de Lava-Jato e outras investigações os candidatos precisam tomar cuidado. A festa do boi acabou. Acredito que todas as campanhas serão na base do pão e água e muita sola de sapato para gastar. Isso no Brasil inteiro.
União complexa
A oposição só vai se unir para disputar a prefeitura da Capital se houver um consenso sobre uma das candidaturas. Não adianta querer impor um nome seja ele qual for. Não existem cargos de confiança para serem distribuídos e contentar todo mundo como acontece com o PT que está no poder.
Questão de planejamento
A eleição na Capital pelas candidaturas que estão postas deverá ter um segundo turno. Então os partidos devem se programar para uma disputa mais longa. Não adianta chorar depois que a água estiver derramada por falta de planejamento.
Tendência
Além do candidato à reeleição Marcus Alexandre (PT), Eliane Sinhasique, Raimundo Vaz (PR) e Bocalom. Se esse quadro persistir acho muito difícil um resultado eleitoral em Rio Branco no primeiro turno. Mas pode surgir algum outro nome ainda até junho.
Aposta comunista
Se o PC do B vai conseguir se manter na chapa majoritária em Rio Branco é um mistério. Mas o partido tem dois nomes no interior que vai investir nas eleições municipais. Jesus Pilique (PC do B) em Assis Brasil e Camilo Silva (PC do B) em Plácido de Castro.
A hora da qualidade
Se a campanha não terá grandes recursos financeiros o que vai contar é a qualidade dos candidatos. Projetos de gestões bem elaborados, convincentes e credibilidade dos postulantes junto ao eleitor. Todo esse turbilhão na política nacional com escândalos revelados a cada dia fará os eleitores pensarem melhor para escolher os seus representantes. Afinal, quem colocou a presidente Dilma (PT) e todos os deputados federais e senadores foram os eleitores. Então o que está acontecendo também é de responsabilidade dos votantes. Se escolherem errado os prefeitos e vereadores as consequências se apresentarão assim como acontece nesse momento no plano nacional. Então que cada um assuma a sua responsabilidade e faça escolhas pensando na coletividade e não em interesses pessoais ou corporativos.