As eleições em Cruzeiro do Sul poderão ter uma reviravolta com o surgimento de um novo nome na disputa. Trata-se da delegada das mulheres, Carla Ivani que está filiada no PSB do deputado federal César Messias (PSB). Segundo as informações que recebi já existem alas entre os partidos que formam a FPA de Cruzeiro do Sul que estão defendendo com “unhas e dentes” o nome da delegada. Com origem em Recife (PE), Carla Ivani, chegou a Cruzeiro do Sul há pouco mais de cinco anos juntamente com seu marido, o também delegado, Tonini. Eles são concursados da nova geração de delegados no Estado. Carla é uma figura carismática, jovem que se expressa muito bem na mídia. Além do apoio de Messias, alguns dizem que o próprio governador Tião Viana (PT) está entusiasmado com a possibilidade dessa candidatura. Segundo as minhas fontes Carla Ivani tem feito muitas visitas e participado ativamente da vida política de Cruzeiro do Sul. Ela se filiou ao partido de um verdadeiro mito de Pernambuco, sua terra natal, o falecido ex-governador Eduardo Campos.
Indícios fortes de candidatura
Conversei com o presidente municipal do PRB em Cruzeiro, Eltimar Sousa. Carla Ivani estava filiada ao PRB que a lançou candidata a prefeita. Mas no último dia permitido por lei para filiações de quem vai participar das eleições de 2016, passou para o PSB de César Messias, que é quem coordena a FPA no município. Um indicativo forte de que deverá realmente ser a candidata.
Questão de bairrismo
Caso essa tendência da candidatura da delegada se confirmar um dos maiores problemas que terá será o “bairrismo” do povo de Cruzeiro. Mas sem dúvidas que representará um nome e um perfil novo para a disputa. Tem uma parte da sociedade do município que já está defendendo o nome da delegada.
Falta de opções
O nome certo para a FPA seria de César Messias que já anunciou que não quer ser candidato. As especulações foram enormes sobre vários outras possíveis candidaturas. A mais forte até agora da FPA é a do deputado estadual Josa da Farmácia (PTN). Mas parece que uma ala do PT não aceita o seu nome.
Polarização
Se a FPA não encontrar um nome forte à disputa a tendência é a polarização entre dois candidatos da oposição, Ilderlei Cordeiro (PMDB) e Henrique Afonso (PSDB). Os dois já foram deputados federais com base de votação no Juruá.
Mais um nome novo
A Rede poderá lançar também um candidato em Cruzeiro do Sul. Romisson Santos (Rede) tem 25 anos e quer entrar no debate da disputa. Romisson foi assessor político de Henrique Afonso nos tempos da Câmara Federal.
Ingratidão
O ex-presidente Lula (PT) tem criticado ferozmente os jornalistas brasileiros. Mas nenhum outro político do país teve tanto apoio da categoria quanto ele. Em todas as eleições que participou Lula contou com a simpatia de repórteres e jornalistas.
Não confundir alhos com bugalhos
Uma coisa é Lula criticar os veículos de comunicação, outra bem diferente, são os profissionais. O fato é que aquele “purismo” do PT no início da sua criação não existe mais. Tudo bem que Lula nunca soube do Mensalão e nem do Petrolão, mas eles existem.
A última cartada
Crescem os rumores que a presidente Dilma irá enviar ao Congresso Nacional uma emenda constitucional convocando eleições diretas à presidência. Isso teria que acontecer antes do julgamento do impeachment no Senado, no dia 11 de maio.
Grande eleição
Se houver uma reviravolta e essa PEC do Executivo tiver eco no Congresso as eleições municipais seriam valorizadas. Os prefeitos e vereadores seriam eleitos juntamente com o novo presidente da República. Mas não acredito que o PT tenha base política no momento para reverter a situação.
Tempo demais
No ano passado, 2015, a presidente poderia ter feito essa proposta quando percebeu que seu governo não decolaria. Teria conseguido emplacar facilmente essa PEC de novas eleições. O processo de impeachment teria perdido a importância.
Articulador
Michel Temer (PMDB) é um grande articulador político. Nessa altura do campeonato está com a base do seu eventual governo montada. Será difícil ao PT emplacar uma PEC sem maioria na Câmara e no Senado, como já se viu na votação de impeachment entre os deputados federais.
Rifada
Segundo uma fonte o nome da professora Socorro Nery (PSB) não deverá “sobreviver” à disputa para vice do prefeito Marcus Alexandre (PT), na Capital. A tendência petista DR está contra a indicação da acadêmica. A sua origem tucana é restritiva para alguns militantes.
As opções
O PC do B ainda acredita que o atual vice, Márcio Batista (PC do B) deverá permanecer na chapa que disputará a reeleição em Rio Branco. Mas as possibilidades de “chapa pura” ainda não estão esgotadas. Existe uma defesa forte em torno do nome do deputado estadual Daniel Zen (PT).
Eleições municipais no compasso de espera das definições nacionais
Até o dia 11 de maio, quando o Senado votará o impeachment da presidente Dilma (PT), estará tudo parado na política acreana. As definições das chapas majoritárias para as eleições em Rio Branco e do interior aguardam as decisões de Brasília. O quadro político com um eventual governo do vice Michel Temer poderá provocar mudanças significativas no Estado. A tendência de união no plano nacional do PMDB com o PSDB poderá “forçar” uma aliança nas disputas no Acre. Por outro lado, o PT se unir a partidos que no plano nacional estão a favor do impeachment ficará complicado para a opinião pública. O caso mais emblemático é o PSB, mesmo com o deputado César Messias tendo votado contra. Mas o fato é que as decisões partidárias em Brasília poderão ter influências no Acre, com dirigentes nacionais determinando o rumo dos partidos aqui no plano regional.