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Defesa do indefensável

Conselho editorial do ac24horas


O ator Zé de Abreu tem sido defendido nas redes sociais pelos partidários de Dilma Rousseff. Até mesmo o governador do Acre recorreu ao Facebook para aplaudir a cusparada. “Jose de Abreu é Brasil sem hipocrisia e consideração à história das liberdades”, postou, para surpresa de todos e náusea de muitos.


Não há o que tergiversar sobre a afirmação de Sebastião Viana. Ele sustenta que, ao cuspir no rosto de um casal num restaurante em São Paulo, Zé de Abreu teve um surto de sinceridade, exercendo em seguida um direito que lhe é facultado pela democracia.


A não ser que apareça alguém para assumir a autoria do disparate – como já aconteceu em episódio recente –, o governador do Acre dá péssimo exemplo como cidadão, médico e homem público. Primeiro por sugerir que toda ofensa ao governo petista seja retrucada com uma impostura ainda maior, justificável tão-somente pela franqueza dos ofendidos. E segundo por achar que a história das liberdades faculta o direito a esse tipo de comportamento antissocial.


Se Dilma Rousseff se vê na iminência de ter abreviado o segundo mandato graças ao conjunto de atrocidades cometidas na presidência da República, o Sr. Sebastião Viana mostra que seu governo acabou bem antes disso.


Aliás, a decretação do fim foi antecipada pelo próprio, durante uma entrevista na qual afirmou que haverá de se retirar da vida pública após 2018. Foi a senha para que seus subordinados fizessem corpo mole numa gestão desde o início marcada pela indolência da maioria.


Apenas o desfecho antecipado do atual do governo é capaz de explicar o procedimento do gestor público que se expõe de forma tão abjeta nas redes sociais em defesa do indefensável.


Zé de Abreu, convidado do Faustão no último domingo, não se desculpou. Tião Viana, uma vez publicado o despautério, teve a veleidade de mantê-lo no ar mesmo sob a enxurrada de críticas que lhe foram dirigidas.


A Rede Globo recebeu dezenas de milhares de e-mails e telefonemas de brasileiros revoltados com o ator. Todos pedem sua demissão.


No Acre, outras dezenas de milhares também não veem a hora de dar as contas de Sebastião.


 


 


 


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